14 de junho de 2021

A segurança e a importância das vacinas

Alimentadas por questões de fora do campo científico e pela grande circulação de informações falsas, a discussão sobre as vacinas se transformou em polêmica.

Muitas pessoas têm expressado descrença com relação aos imunizantes e até mesmo resistência e aversão ao método. Contudo, embora o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 tenha ocorrido em um espaço de tempo menor do que o habitual, protocolos rígidos foram seguidos para garantir a segurança da pessoa que será vacinada.

Em entrevista a Rádio Excelsior, a infectologista da S.O.S. Vida Dra. Monique Lírio abordou essa questão.

“As vacinas contra Covid são sim seguras. Mesmo aquelas aprovadas para uso emergencial exigem que os fabricantes demonstrem um bom perfil de segurança nos estudos, e esses trabalhos seguem monitorando as reações adversas de cada vacina agora que a vacinação em massa ela começou em vários países.

Isso não quer dizer que efeitos graves possam surgir em um número mínimo de pessoas, porém esse risco certamente é menor, muito menor, do que de a pessoa ter uma infecção grave com a Covid-19 em si”, explica.

Controle da Pandemia

A vacinação em massa é o método de controle da pandemia mais eficaz que existe no momento, pois, só com ela será possível garantir a imunização das pessoas, reduzindo a circulação do vírus para um nível seguro, o que permitirá uma maior flexibilização das medidas restritivas.

Para que isso aconteça é necessário que um número significativo de pessoas tenha recebido as duas doses da vacina, completando o esquema vacinal, pois não adianta tomar apenas uma dose da vacina, se o esquema daquele imunizante prevê a aplicação de duas doses.

“É importantíssimo também que se siga orientação dá quantidade de doses do imunizante. Então, as vacinas que precisam de duas doses a pessoa precisa tomar as duas doses. Não adianta, não é seguro tomar uma dose única se o imunizante, se a vacina exige que as duas doses sejam feitas para ter a proteção” reforça a profissional.

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Leia também: Não abandone a segunda dose da vacina da Covid-19

Vacinas: covid-19 e gripe

É importante ressaltar que, a campanha de vacinação contra a influenza, que é anual, acontece ao mesmo tempo em que  a campanha de vacinação contra a covid-19.

Embora a ameaça mais urgente seja a covid, é importante se proteger também contras outras doenças respiratórias. No caso da influenza, por exemplo, existe um risco de uma pessoa ser infectada por esse vírus e pelo coronavírus ao mesmo tempo.

Nessa situação, é possível que essa pessoa apresente um quadro mais grave, podendo até mesmo vir a óbito. Por isso, é importante que as pessoas que já podem receber qualquer um dos imunizantes vão ao um ponto de vacinação. Porém, caso o indivíduo esteja em algum grupo que permita tomar ambas as vacinas, é importante se atentar ao tempo de intervalo entre cada um dos imunizantes.

“Estamos também no momento de vacinação contra influenza – contra a gripe – e as duas vacinas não podem ser aplicadas ao mesmo tempo. A recomendação atual é de dar pelo menos 14 dias de intervalo entre a vacinação contra influenza, que é a gripe, e a da COVID-19. Se as datas da campanha de vacinação da gripe e do coronavírus, no seu caso, coincidirem, priorize a imunização – a vacinação – contra o coronavírus, mas assim que possível, assim que passarem esses 14 dias vá receber a injeção da vacina da gripe”.

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