28 de maio de 2021
Bebê nasce com anticorpos contra Covid-19
Os primeiros casos de bebês que nascem com anticorpos contra a Covid-19 começam a ser registrados. Mulheres que receberam a vacina contra o vírus durante o período de gestação podem ter os anticorpos transferidos do seu corpo para o corpo do bebê.
Dar à luz a uma criança em um momento de profunda tristeza como o que estamos vivendo traz um sopro de esperança, felicidade e alento, especialmente para a família. Esse sopro torna-se mais forte quando essa criança carrega consigo anticorpos contra a Covid-19.
Embora não seja recorrente, alguns casos como esse têm sido registrados no Brasil, como no Acre e em Santa Catarina.
Na Bahia, o primeiro caso registrado de um bebê que nasceu com anticorpos contra a Covid-19 foi o do pequeno Mateus Marques, filho de Patrícia Marques. Ele nasceu no dia 21 de maio e adquiriu a proteção a partir da mãe, que é médica ginecologista e obstetra e havia recebido a segunda dose da vacina contra a Covid-19 pouco mais de duas semanas antes do parto.
A imunidade foi verificada através do teste de sorologia feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen) a partir de amostras de sangue da mãe e do bebê dois dias após o nascimento.
Herdeiro de anticorpos
Embora não se saiba o percentual dos casos registrados de imunidade herdada, o caso de Mateus é uma notícia positiva para outras gestantes, pois a possibilidade de transferência de anticorpos da mãe para a criança durante a gestação é alta. Conforme explicou o infectologista da S.O.S. Vida, Matheus Todt, à reportagem do jornal Correio.
“É algo mais comum do que a gente imagina. Não se notou antes por não haver o hábito de fazer sorologia em bebês. Há uma possibilidade muito grande de que as mães passem esse anticorpo, principalmente as que foram vacinadas no fim da gestação, quando ocorre a maior transferência de anticorpos”
Proteção temporária
O processo que permitiu que isso acontecesse chama-se transferência placentária e, graças a ele, é possível que outros casos de passagem de anticorpos de gestantes vacinadas contra a Covid-19 para seus filhos ocorram.
Isso gera outro ponto positivo, que é o aumento da confiança nas vacinas, pois, além da segurança da proteção individual, existe a segurança do bebê nascer protegido também, o que pode motivar as gestantes elegíveis a procurarem a vacinação.
Matheus Todt alerta que essa proteção é temporária, ainda assim, qualquer proteção em meio à pandemia, mesmo que passageira, deve ser comemorada.
“A mãe é capaz de transferir esse anticorpo para a criança e isso era esperado. Esse é o anticorpo G, que é o IgG que é transferido pela placenta e fica nas crianças, conferindo imunidade. Mas, normalmente, é uma proteção transitória, que dura em torno de seis meses”, alerta o infectologista.
Naturalmente imune contra o Coronavírus
Confira a matéria completa do jornal Correio.
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