17 de abril de 2021
Mente equilibrada ajuda na batalha ao Câncer de Mama
Símbolo de feminilidade, sexualidade e maternidade, os seios sempre tiveram uma relação direta com a autoestima da mulher. Para muitas delas, eles representam força e liberdade.
O tratamento do Câncer de Mama muitas vezes implica na retirada parcial ou total da mama, trazendo efeitos físicos e psicológicos para as mulheres.
A jornalista Andrezza Moura, do jornal A Tarde, tratou sobre o tema na matéria “Mulheres resgatam autoestima após luta árdua contra o câncer”, contando a história da pedagoga Lucy Mary Cerqueira que descobriu a doença no seio esquerdo, no final de 2010.
Curada da doença, Lucy confessa que o acompanhamento psicológico também foi muito importante no seu processo de luta contra o câncer, pois nele que ela encontrou e ainda encontra suporte para manter a mente equilibrada diante das adversidades. “Foi através do acompanhamento psicológico eu consegui mostrar para mim mesma que eu posso, eu quero e eu consigo”, relata.
Cláudia Cruz, psicóloga da S.O.S. Vida, conversou com a jornalista, reforçando a importância do acompanhamento psicológico para os pacientes oncológicos e seus familiares.
“O câncer é uma doença ameaçadora da vida que traz o estigma de sofrimento e morte. Neste sentido, o suporte psicológico se faz necessário e inclui acolhimento e espaço de escuta às questões mobilizadoras, espaço para expressão de emoções, sentimentos e busca de compreensão da doença e tratamentos, ressignificação do momento de vida com vistas à qualidade de vida, trabalhar medos, angústias e possíveis fantasias sobre a doença e tratamento”, explica.
A psicóloga defende também que o acompanhamento psicológico deve ser mantido até mesmo após o tratamento.
Confira a matéria completa: Mulheres resgatam autoestima após luta árdua contra o câncer”
Importância da autoestima no tratamento do Câncer de Mama
Cláudia Cruz também falou com o programa “Manhã Excelsior”, apresentado por Fernando Cabus, sobre a importância da autoestima no tratamento do Câncer de Mama.
Ouça a matéria completa.
“O câncer por si só traz o estigma de uma doença maligna, com associação direta com sofrimento e morte. Quando se apresenta na mama, os impactos podem ser maiores, uma vez que a mama simboliza a feminilidade e fertilidade da mulher”, explica a psicóloga.
Cláudia Cruz alerta que a retirada da mama, total ou parcial, pode ser traumatizante, não só pela perda de uma parte do corpo, mas também pelas alterações que a cirurgia causa na aparência, na sensibilidade e funcionalidade, alterando a percepção da imagem corporal. A perda do cabelo causada pelo tratamento quimioterápico também deixa mais exposta à doença.
“Esses fatores impactam na autoestima e podem gerar tristeza, sentimento de desvalia, vergonha de si mesmo e do outro, comportamento de evitação frente ao espelho, ao toque, entre outros.
O que podemos fazer para melhorar a autoestima? Viver a vida, conviver com a doença e tudo que ela traz. A doença não pode ser o foco na vida, ela precisa fazer apenas parte da vida. Sendo assim vale organizar uma rotina que inclua hábitos saudáveis, atividades que dão sentido à vida de cada um, buscar recursos que ajudem a se sentir melhor e mais bonita”.
A profissional lembra que a informação também é um recurso importante. Buscar informação de fontes fidedignas, como a equipe multiprofissional ajuda a ter uma sensação maior de controle sobre a doença, assim como ajudar a estruturar e dar contorno a essa doença.
E por último, Cláudia Cruz lembra sobre a importância de ter uma rede de apoio, seja família ou amigos, vizinhos e até mesmo a própria equipe assistencial faz com que não nos sintamos sozinhos no processo
Leia também: Cuidados Paliativos beneficia tratamento de câncer de mama ao oferecer assistência multiprofissional
Cuide de sua saúde mental
Cláudia Cruz participou da “Semana do Cuidado na Atenção Domiciliar”, onde abordou o tema “Cuide de sua Saúde Mental”. Confira o vídeo completo.