16 de abril de 2021

Medidas restritivas contra o colapso do sistema de saúde

Embora o debate sobre a eficácia de medidas mais rígidas para o controle de pandemia, como o lockdown, tenha se instalado, a maior parte da comunidade médica e científica defendem a efetividade e a necessidade de tais ações para evitar o colapso do sistema de saúde.

Os expressivos aumentos nos índices de ocupação de leitos de UTI, de casos ativos de infectados pela Covid-19, além do índice de mortes motivaram estados e municípios a decretarem medidas de restrição mais rígidas, em um esforço para frear a evolução dos números, evitando assim a saturação do sistema de saúde.

Em entrevista ao telejornal Balanço Geral (Record TV), o infectologista da S.O.S. Vida, Matheus Todt, explicou a relação entre medidas restritivas e a diminuição da contaminação da Covid-19.

“Medidas como essa, de restrição de mobilidade, isolamento social, medidas mais drásticas são extremamente importantes. Ao contrário do que alguns falam, são medidas cientificamente comprovadas, que tem impacto real na velocidade de adoecimento e, consequentemente, na sobrecarga do sistema de saúde” explica Dr. Matheus.

Confira a entrevista completa

Lockdown impacta na redução dos casos

Ainda falando sobre as restrições, o especialista explicou que, observando a experiência de países que adotaram o lockdown por um período de 2-3 semanas obtiveram um impacto maior na redução do número de casos.

O infectologista chama atenção para um ponto bastante relevante: a adesão da população às medidas estabelecidas, necessária para que o resultado que se busca com a adoção – evitar o colapso do sistema de saúde e manter a continuidade da assistência médica – possa ser alcançado.

“A gente vive uma situação de pré-colapso […] então, se não houver adoção de medidas e contribuição por parte da população, vamos entrar em um colapso pleno, ou seja, qualquer pessoa que precisar de um hospital não vai conseguir, seja ela Covid, seja ela qualquer outra situação”.

A falta de leitos de UTI é um fato que atinge o sistema de saúde na totalidade, tanto a rede pública, como a privada. Doutor Matheus alerta que, se nada for feito para contornar esse cenário, mais pessoas morrerão sem assistência adequada.

“O distanciamento social, ficar em casa – todos que puderem ficar em casa; uso da máscara de forma adequada – não é no cotovelo, não é no joelho, não é no queixo – e a higiene das mãos são medidas imprescindíveis.

Além disso, para os grupos que já tem a grande sorte de ter a vacina disponível: vacinar quanto antes. Não há vacina ruim, há vacina disponível. Aderência as medidas que a gente já conhece e a vacinação, vão ser as únicas medidas que vão nos tirar dessa pandemia que tem ceifado tantas vidas”.

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