Médica realiza parto durante engarrafamento na Av. Paralela

Ambulância da S.O.S Vida passava pela via quando parou para socorrer gestante

O início do plantão da médica Mayara Cinthia da S.O.S Vida foi inusitado nesta quinta-feira, 28. Ela seguia na ambulância da empresa de Home Care quando se deparou com uma gestante em trabalho de parto em pleno engarrafamento da avenida Paralela.

O carro onde estava Joseane ficou sem combustível quando ela seguia com o marido e a prima para uma maternidade.

O bebê já começava a sair quando a médica acompanhada da técnica de enfermagem Cátia Couto e o condutor Almerindo Neto pararam para ajudar.

Mayara ajudou no nascimento, cortou o cordão umbilical e estabilizou Benjamin, como o menino foi batizado pela família, até a chegada de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

“Foi um momento de muita tensão, mas a equipe estava bem articulada e conseguimos prestar a assistência para Joseane e o bebê. Foi inusitado, a gente não espera, mas foi importante manter a calma e a confiança para prestar socorro para quem precisa”, relata a profissional.

Médica realiza parto na avenida Paralela

Dra. Mayara conversou com a reportagem do Jornal Correio sobre o ocorrido, onde contou que a família estava tranquila apesar da emoção. Ela ainda diz que a experiência é um sopro de esperança em meio a pandemia.

Acostumada a lidar nos últimos meses com o drama da pandemia de coronavírus, a médica disse ter visto no nascimento de Benjamin um bom presságio.

“Foi uma dose de esperança. Diante de tantas mortes e situações que nós temos vivido com essa pandemia. Percebemos nesses momentos, que o nosso serviço é tão importante e nos traz esperança.
Esse serviço de acolher, de dar a vida, de cuidar, isso é muito legal. Ver a mãe pegando a criança no colo e botando para mamar foi a coisa mais bonita que eu podia ver”, destaca Dra. Mayara.

Joseane e Benjamin foram levados pelo SAMU para a Maternidade do IPERBA, no bairro de Brotas e passam bem.

Sobre a negativa do atendimento no Hospital Roberto Santos, a Secretaria Estadual de Saúde disse, através de nota, que a unidade só atende gestantes de alto risco e que chegam no hospital através do sistema de Regulação da secretaria, informou a reportagem do jornal Correio.