13 de julho de 2021

Mudanças exigem um novo líder para a saúde | Medicina S/A

As empresas de saúde precisaram realizar adaptações com bastante celeridade para lidar com os desafios trazidos pela pandemia. Nesse cenário, o papel das lideranças foi imprescindível para manter o engajamento das equipes para alcançar os objetivos das organizações.

Simara Espírito Santo, coordenadora da qualidade da S.O.S. Vida, falou sobre o papel das lideranças nas empresas de saúde em artigo publicado no site Medicina S/A. Confira o artigo completo.


A pandemia da Covid-19 modificou a rotina de todos em todas as esferas de suas vidas. Com essa nova realidade, surge a necessidade de adaptações dos líderes para esse novo cenário, onde – dentre outros aspectos – esse gestor precisa contribuir para gerenciar aspectos profissionais e pessoais de cada colaborador, garantindo assim o desempenho no trabalho de forma saudável para cada um deles.

Quando pensamos em instituições de saúde, geralmente temos em mente os profissionais de assistência, na linha de frente, porém é preciso manter em mente que existe um número expressivo de profissionais que atuam em atividades administrativas, dando suporte à operação de assistência. São dois públicos distintos, com necessidades e atuações diferentes, e os líderes que atuam nessa área precisam se adaptar.

O trabalho remoto, por exemplo, traz a necessidade de equilibrar a rotina da casa com as responsabilidades da atividade laboral. O líder terá que entender essa realidade e propiciar os ajustes necessários para o resultado eficiente dos seus liderados.

Assim como o caso dos profissionais que estão atuando na linha de frente, cercados por rotinas exaustivas, medo de adoecer e insegurança, exigindo do líder uma aproximação diária nas atividades.

Para tanto, será preciso sair da zona de conforto, conhecer as necessidades e buscar entender como cada um de sua equipe está se adaptando ao novo formato. Não é uma tarefa simples, pois depende de energia e por isso existe a tentação de manter o padrão que havia antes da pandemia.

Os cenários estão incertos, isso nos deixa com medo do futuro, do que está por vir. As pessoas perdem a segurança que tinham, gerando estresse, incertezas e medos. Essas angústias precisam ser trabalhadas diariamente, de modo a mitigar as consequências.

As novas tecnologias e os novos protocolos assistenciais chegaram com força, exigindo agilidade e muitas adequações. Todos precisam adaptar-se a essa nova realidade de forma rápida. Alguns têm mais facilidade, já outros encontram dificuldades em meio a mudanças tão complexas. Esse cenário favorece o medo e a insegurança, além de novas angústias.

Proporcionar um ambiente de trabalho favorável – seja ele presencial, remoto ou misto – tornou-se imprescindível. Além disso, a transparência e a manutenção de diálogos autênticos favoreçam que o colaborador tenha segurança psicológica para suas colocações e estimula o aprendizado. Nesse novo cenário, o líder da saúde, mais do que nunca, é uma peça fundamental para essa jornada. Cabe a ele a tarefa de entender que cada pessoa é única, com enfrentamentos diversos, e tem uma entrega diferente, carregando consigo um repertório adquirido ao longo da sua trajetória.


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