17 de abril de 2021
Home Care: Medidas para proteção da Covid-19 |ANVISA
A ANVISA divulgou recentemente um documento esclarecendo as dúvidas mais recorrentes relacionadas ao Coronavírus feitas pela população nos canais oficiais da agência.
Um dos esclarecimentos trata sobre os cuidados recomendados para pacientes que estão sendo tratados por empresas de Home Care. As orientações seguem as mesmas para a população geral – distanciamento social e reforço na higienização. Porém, para pacientes que estão com imunidade baixa ou lidam com outras comorbidades devem ter seus cuidados redobrados para evitar a contaminação da Covid-19.
Confira a resposta na íntegra da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre as medidas necessárias para proteção de pacientes em Atendimento Domiciliar.
Quais são as medidas a serem tomadas para proteção de pacientes em Home care?
De acordo com as informações atualmente disponíveis, sugere-se que a via de transmissão pessoa a pessoa do novo coronavírus (SARS-CoV-2) ocorre por meio de gotículas respiratórias (expelidas durante a fala, tosse ou espirro) e também pelo contato direto com pessoas infectadas ou pelo contato indireto com mãos, objetos ou superfícies contaminadas, de forma semelhante à maneira como outros patógenos respiratórios se disseminam.
Desta forma, para prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus, deve-se manter o distanciamento de no mínimo 1 (um) metro entre as pessoas, manter os ambientes limpos e ventilados e realizar a higiene frequente das mãos com sabonete líquido e água OU preparação alcoólica a 70%.
Para pacientes em atendimento domiciliar que não tenham suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus, mas que apresentem baixa imunidade, devem-se redobrar os cuidados para que estes não sejam expostos ao vírus.
Sendo assim, os membros da família e profissionais de saúde/cuidadores que prestam assistência a esses pacientes devem seguir no mínimo, as seguintes recomendações:
- Antes de entrar no quarto do paciente deve-se realizar a higiene das mãos;
- Acomodar o paciente em um quarto individual bem ventilado (ou seja, com janelas abertas);
- Os membros da família com suspeita de infecção ou diagnóstico confirmado de COVID-19 devem ficar em um quarto diferente do paciente e não deverão ter contato com o mesmo;
- Os membros da família com suspeita de infecção ou diagnóstico confirmado de COVID-19 devem utilizar máscara cirúrgica e realizar a higiene respiratória/etiqueta da tosse: o se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com a parte de dentro do braço flexionado ou lenço de papel; o utilizar lenço descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene das mãos); o evitar tocar os olhos, o nariz e a boca; o higienizar as mãos frequentemente.
- Profissionais de saúde/cuidadores com suspeita de infecção ou diagnóstico confirmado de COVID-19 não devem prestar assistência a esses pacientes até a sua total recuperação;
- As visitas devem ser restritas e não devem ser permitidos, em nenhuma circunstância, visitantes com sinais de infecção respiratória (tosse, espirros, dificuldade para respirar, etc.);
- Familiares ou profissionais de saúde/cuidadores devem realizar a higiene das mãos antes e após a preparação dos alimentos, após o uso do banheiro e sempre que as mãos estiverem sujas. Para mãos visivelmente sujas, contaminadas com sangue ou outros fluidos corporais, deve-se usar sabonete líquido e água;
- Deve-se reforçar a limpeza e desinfecção das superfícies do quarto do paciente diariamente, principalmente aquelas que são mais tocadas.
- Os profissionais de saúde/cuidadores não devem ter contato com os familiares enfermos na casa;
- Devem estar disponíveis frascos de preparação alcoólica a 70% para a higiene das mãos no quarto do paciente;
- Os profissionais que prestarem assistência ao paciente devem realizar a higiene das mãos conforme preconizado nos 5 momentos da Organização Mundial da Saúde: antes de contato com o paciente, antes da realização de procedimentos assépticos, após risco de exposição a fluidos corporais, após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao paciente.
Leia também: A importância de lavar as mãos corretamente
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como o próprio nome diz, são para a proteção do profissional e não do paciente. Sendo assim o uso de EPI durante a assistência vai depender do quadro clínico do paciente e da assistência prestada.
Desta forma, se o paciente não for suspeito ou confirmado de infecção pelo novo coronavírus ou por outra doença infecciosa, o profissional de saúde deve adotar apenas as precauções padrão e, neste caso, utilizar os EPIs de acordo com o tipo de assistência/procedimentos que serão realizados (por exemplo, o uso de luvas durante a troca de fraldas).
Leia também: Recomendações para o uso de EPI’s na Atenção Domiciliar
SOBRE O DOCUMENTO DA ANVISA
Este documento tem o objetivo de viabilizar o acesso facilitado às respostas daqueles questionamentos identificados como recorrentes no universo de dúvidas relacionadas aos serviços de saúde e vigilância sanitária, recebidas por meio dos canais oficiais da Anvisa, tais como: ouvidoria, sistema SAT e e-mail institucional. A ideia é disseminar o conhecimento técnico de forma rápida e simplificada para viabilizar sua implementação segura frente à emergência de saúde pública internacional relacionada ao SARS-CoV-2.
Conforme determinado pela Resolução – RDC nº 255 de 2018, que promulga o regimento interno da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) é a área responsável por controlar e prevenir os riscos sanitários relativos à infraestrutura e à organização dos processos de trabalho em serviços de saúde. A GGTES também é responsável por elaborar e divulgar orientações e instrumentos para o controle de infecções e eventos adversos em serviços de saúde, sempre em consonância com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).