11 de maio de 2021

Conheça os riscos das novas variantes do coronavírus

Os índices da pandemia no Brasil demonstram uma realidade preocupante, com alta em diversos indicadores. O número de casos ativos também registra crescimento, indicando que ainda há uma alta circulação do vírus entre a população.

Esse cenário torna-se ainda mais preocupante por conta do surgimento das variantes do vírus, consideradas mais contagiosas e letais. Essas variantes são versões do novo coronavírus depois terem passado por um processo de mutação. Essas novas cepas são descobertas a partir de um procedimento chamado sequenciamento genético, que analisa o genoma do vírus para identificar mudanças.

Nova variante do Coronavírus

Na Bahia, duas dessas novas cepas já estão em circulação comunitária: a B.1.1.7, identificada inicialmente no Reino Unido e a P.1., detectada primeiramente em Manaus. E existem registros da circulação dessas variantes em outros estados.

Esse cenário apresenta uma grave ameaça para o país, que nas últimas semanas registra um alto número de infectados e de mortes. O descontrole na taxa de contaminação pode proporcionar o surgimento de novas mutações, dado que, a cada vez que o vírus se replica, ele pode passar por alguma mudança.

Em entrevista ao jornal Correio da Bahia, o infectologista da S.O.S. Vida, Dr. Matheus Todt, ele explica um pouco essa relação.

“O que acontece é que está tendo um descontrole e isso faz com que as pessoas sejam mais infectadas. O vírus vai se replicar mais, como se replica várias vezes em um minuto. Quanto maior o número de infecções, maior a probabilidade o surgimento de outras variantes. Possivelmente, uma será mais fatal”

As mutações do coronavírus ameaçam também a manutenção do sistema de saúde, pois, conforme alguns estudos sugerem, algumas variantes têm se mostrado mais letais.

Medidas restritivas diminuem o crescimento dos contágios

Os expressivos aumentos nos índices de ocupação de leitos de UTI, de casos ativos de infectados pela Covid-19, além do índice de mortes motivaram estados e municípios a decretarem medidas de restrição mais rígidas, em um esforço para frear a evolução dos números, evitando assim a saturação do sistema de saúde.

Em entrevista ao telejornal Balanço Geral (Record TV), o infectologista da S.O.S. Vida, Matheus Todt, explicou a relação entre medidas restritivas e a diminuição da contaminação da Covid-19.

“Medidas como essa, de restrição de mobilidade, isolamento social, medidas mais drásticas são extremamente importantes. Ao contrário do que alguns falam, são medidas cientificamente comprovadas, que tem impacto real na velocidade de adoecimento e, consequentemente, na sobrecarga do sistema de saúde”, explica Dr. Matheus.

Confira a entrevista completa.

Deixe um comentário