17 de abril de 2021
Vacinas são aliadas para a saúde dos idosos
Geriatra alerta que a imunidade diminui após os 60 anos, tornando fundamental a vacinação para prevenir doenças como gripe, pneumonia e herpes zóster.
Os idosos representam hoje 14,3% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse percentual deve aumentar na próxima década com a expectativa que ultrapasse o número de crianças e adolescentes de até 14 anos no país.
Com o envelhecimento da população, prevenção torna-se essencial para aliar a longevidade com qualidade de vida. É nesse contexto que geriatra da S.O.S. Vida Luana Brandão alerta para a importância de cumprir o calendário vacinal dos idosos.
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A partir dos 60 anos, há uma redução dos anticorpos adquiridos ao longo da vida, por conta de um declínio no sistema imunológico que é conhecido como imunossenescência.
“Com a queda na imunidade, os idosos ficam mais suscetíveis a infecções, principalmente a forma mais grave da doença. Por isso, a importância de manter o cartão vacinal atualizado para aumentar a imunidade e diminuir as chances de ter essa doença”, explica a geriatra.
Nessa faixa etária também há uma maior prevalência de doenças crônicas, que podem ser agravadas por infecções.
“Os idosos normalmente têm outras enfermidades, como hipertensão, cardiopatia e diabetes, que podem ter o quadro agravado por uma infecção, levando a internação ou até mesmo a morte”, reforça a médica da família e paliativista Ana Rosa Humia, coordenadora médica da S.O.S. Vida.
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Vacinas e a Prevenção de doenças
Com as doenças respiratórias entre as principais causa da morte dessa população, duas vacinas do calendário específico das pessoas com mais de 60 anos previnem esse tipo de doença.
A primeira é a da gripe, que é fornecida anualmente pelo Sistema Público de Saúde (SUS), e previne a infecção causada pelo vírus Influenza A e B, que pode evoluir para uma pneumonia ou até levar o paciente morte.
Outra imunização importante é a Anti-Pneumocócica, que reduz o risco de infecção grave causada pela bactéria pneumococo, que provoca doenças como pneumonia, meningite e sepse. De acordo com a geriatra, existem dois subtipos dessa vacina: pneumo 13 e 23. As Sociedades Brasileiras de Imunização e de Geriatria recomendam a aplicação da pneumo 13 e depois o reforço da 23. “Após cinco anos, o idoso deve receber um novo reforço da pneumo 23”, pontua Luana Brandão.
Outra vacina importante é contra Herpes Zóster, popularmente conhecida como “cobreiro”.
“Essa doença é muito prevalente após 60 anos, principalmente para quem teve catapora na infância ou juventude. Quando chega na terceira idade e há uma queda na imunidade, o vírus pode ser reativado, causando essa infecção”, explica a geriatra.
Essa enfermidade pode se complicar causando a neuralgia pós-herpética, provocando uma dor intensa e, até mesmo, a incapacidade para a realização de algumas atividades.
Para reduzir o risco dessas infecções ou outras comorbidades associadas ao envelhecimento, a médica da família Ana Rosa Humia orienta que os pacientes mantenham a vacinação em dia, contribuindo para evitar alterações imunológicas.
Confira também o GUIA DE VACINAÇÃO – GERIATRIA produzido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).
Rádio Excelsior
Dra. Luana Brandão conversou com o apresentador do Manhã Excelsior, Fernando Cabus, sobre a importância dos idosos seguirem o calendário vacinal para reforçar a imunidade.
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