12 de julho de 2021
A importância da vacinação coletiva

A campanha de vacinação contra a Covid-19 tem avançado lentamente no país e cada vez mais pessoas estão sendo vacinadas. Entretanto, ainda não se nota uma queda significativa no número de casos.
A maior parte dos imunizantes que estão sendo aplicados na campanha nacional de vacinação possui um esquema vacinal que prevê a aplicação de duas doses da vacina para que ocorra a imunização, no entanto, dada ao número baixo de vacinas disponíveis, muitas pessoas ainda não completaram esse esquema e, portanto, ainda não possuem uma imunização completa.
Esse fato se soma a outro, que é o baixo percentual de pessoas vacinadas no país, mesmo se considerarmos apenas a primeira dose – menos de 40% da população recebeu a primeira dose da vacina .
Em entrevista à Rádio Excelsior, Dra. Monique Lírio, infectologista da S.O.S. Vida falou sobre a importância das vacinas no controle da pandemia.
“O que a população precisa entender é que o conceito de imunização deve ser pensado de maneira coletiva, e isso depende da alta adesão da população às campanhas de vacinação em massa. Com isso é que a gente consegue, efetivamente, reduzir a gravidade da doença, com diminuição sustentada de casos de internação e de óbitos […] precisamos que cerca de 70% da população esteja vacinada para que diminua circulação do vírus”.
Ouça a entrevista completa.
Os riscos de escolher a vacina
Uma prática que se tem sido noticiada é a da escolha de vacinas, que é quando a pessoa se recusa a receber o imunizante de determinado laboratório por desconfiança questões não-científicas.
A infectologista reforça que todas as vacinas que estão sendo administradas no Brasil mostraram algum grau de efetividade contra casos sintomáticos e também casos graves da doença. Além disso, ao recusar a tomar determinada vacina, a pessoa corre o risco de ficar desprotegida e, portanto mais vulnerável a uma possível contaminação.
“Não devemos escolher vacina, não estamos nesse momento. Ainda não há vacinas suficientes para imunizar todos os brasileiros, então, se uma pessoa deixa de se vacinar ela pode, nesse intervalo: pegar covid, transmitir a seus familiares, gerar uma necessidade de internação – os hospitais ainda estão cheios. Então, não devemos esperar a vacina que a gente quer, devemos tomar, no nosso momento, a vacina que estiver disponível no posto”, explica.

Mantenha os cuidados
Embora as pessoas que completaram o esquema vacinal sejam consideradas imunizadas, é essencial que se mantenham as mesmas práticas de segurança, como o uso de máscaras e a higienização frenquente das mãos. Isso porque, mesmo vacinada a pessoa pode agir como transmissora do vírus.
Vale lembrar que o imunizante protege, em primeiro lugar, a pessoa vacinada. É só quando a uma outra pessoa for imunizada que ambas estarão protegidas e, consequentemente, protegerão uma a outra.
Assim, quanto antes cada pessoa for vacinada, mais rápido poderemos controlar a pandemia. A vacinação em massa é o caminho se chegar a esse resultado.
“Só assim, com a vacinação em massa da população, associada às medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos, é que vamos, enfim, conseguir controlar essa pandemia”.