17 de abril de 2021

S.O.S. Vida promove 3º Encontro de Home Care em Aracaju

S.O.S. Vida promove 3º Encontro de Home Care em Aracaju 2

Dentro da cadeia de serviços de saúde, cresce a procura por alternativas que viabilizem o atendimento diferenciado e humanizado aos pacientes que passam por internação ou que necessitam de cuidados especializados.

Uma alternativa é o Home Care, que tem a vantagem de retirar o paciente do ambiente hospitalar, possibilitando a continuidade do tratamento de forma individualizada e no conforto do lar, além de ser mais viável economicamente.

Essa temática será amplamente discutida no 3º Encontro de Home Care, dia 29 de novembro, no Hotel Radisson, com a presença de palestrantes locais e nacionais, entre eles a médica Marta Simone, que gerencia a unidade S.O.S. Vida em Aracaju.

Com atuação em Sergipe há 10 anos e há mais de 30 anos na Bahia, a S.O.S. Vida promove o evento com o objetivo de proporcionar um espaço para discussão sobre as possibilidades e dificuldades enfrentadas na assistência de Home Care.

Confira a seguir a entrevista realizada com a médica Marta Simone:

1 – O que é o Home Care e como é realizado na prática?

Marta Simone: É um tipo de serviço em saúde em que o paciente recebe os cuidados em seu domicílio, normalmente após uma internação hospitalar, quando recebe alta com necessidade de cuidados de técnico de enfermagem e dos demais membros da equipe multidisciplinar para reabilitação ou não agravamento de seu quadro clínico. O Home Care é instalado no domicílio com mobiliário e equipamentos necessários para os procedimentos e segurança do paciente. A família e os cuidadores participam junto com a equipe dos cuidados. Assim, cria-se um ambiente com afetividade, humanização e segurança, trazendo os resultados esperados por todos.

2 – Em quais casos o Home Care é mais requisitado?

Marta Simone: Normalmente para pacientes com sequelas de doenças neurológicas como AVCs e demências avançadas, entre elas o Alzheimer. Também em casos de sequelas decorrentes de traumas por acidentes e doenças cardíacas, pulmonares e renais. Há ainda situações de serviços temporários para realização de curativos e administração de medicações, a exemplo de casos de cirurgias ortopédicas e infecções complicadas. Uma solicitação que vem crescendo é a assistência domiciliar para cuidados paliativos, pois proporciona aos pacientes com doenças sem possibilidade de cura medidas de conforto para que seus sintomas possam ser controlados e tenham, assim, uma melhor qualidade de vida.

3 – Quais são os principais benefícios gerados pela internação em domicílio?

Marta Simone: Um dos maiores é a proximidade com a família que traz benefícios agregados como a redução de solidão, de eventos infecciosos pelo menor risco de exposição em ambiente domiciliar e redução no risco de abertura de lesões pelo número maior de pessoas envolvidas no cuidado. Também devemos destacar como ganho um melhor gerenciamento do custo de assistência do paciente, algo que deve ser preocupação de todos hoje em dia, pois precisamos tornar os recursos sustentáveis.

4 – Quais profissionais atuam no atendimento via Home Care?

Marta Simone: Todos que compõe uma equipe multidisciplinar: enfermeiro, técnico de enfermagem, médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, farmacêutico, psicólogo e serviço social. Há também uma equipe administrativa para dar suporte a outras necessidades, como motoristas, assistentes e auxiliares administrativos.

5 – Como dar início ao serviço de Home Care e que tipo de planejamento é feito para a execução do trabalho?

Marta Simone: Tudo começa com a solicitação do médico que está cuidando do paciente. Este relatório deverá ser encaminhado à operadora de planos de saúde que tomará as providências necessárias. Quando somos acionados, realizamos um planejamento de cuidados a partir do relatório médico, da avaliação do paciente e da equipe que está prestando assistência. Este planejamento leva em consideração todos os tratamentos e terapias que o paciente vai necessitar e por quanto tempo. Temos sempre por referência as normatizações de Home Care, como a RDC nº 11/2006 e a Tabela NEAD/ANAPH para definir o tipo de assistência.

6 – Quais são os parâmetros de qualidade no Home Care?

Marta Simone: No Home Care, precisamos ser rigorosos na qualidade como em qualquer segmento de assistência à saúde. Por isso, temos padrões de monitoramento e controle de procedimentos, como prevenção e controle de infecção, prevenção de quedas e abertura de lesões, uso de medicações de forma adequada, manutenção adequada de equipamentos, segurança do ambiente e comunicação eficiente entre a equipe de profissionais.

7 – O que representa para a S.O.S. Vida ser a única empresa no Norte e Nordeste com certificado de Acreditação da Joint Comission Internacional (JCI)?

Marta Simone: É a confirmação da forma como estamos trabalhando já há algum tempo. Sinaliza que devemos seguir neste caminho, sempre buscando fazer melhor, pois um dos pilares da qualidade é a melhoria contínua. Demonstramos que temos uma boa base formada e os processos estão em um nível de maturidade que garantem segurança e eficiência para nossas equipes e nossos pacientes.

8 – Qual a importância do 3º Encontro de Home Care para o segmento?

Marta Simone: Ainda há poucos eventos para discutir esse tema e este encontro, apesar de ser bianual, já está se tornando marca registrada para o público que tem interesse nesse segmento. O Home Care ainda precisa ser mais difundido entre a sociedade, os profissionais que cuidam da assistência hospitalar e os gestores de operadoras de planos de saúde. Eventos como este mostram as potencialidades desta assistência e a ideia do Encontro é promover um espaço para discussão sobre as possibilidades e dificuldades enfrentadas na assistência de Home Care, recebendo sugestões, criando alternativas e difundindo o conhecimento por toda a linha de cuidado do paciente.

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