Rede de apoio e alimentação são pilares para um envelhecimento saudável.

Profissionais da S.O.S. Vida dão dicas para envelhecer com qualidade de vida.

Manter uma dieta equilibrada, fazer atividades físicas regularmente e evitar situações estressantes. Estes são alguns cuidados para um envelhecimento saudável, mas a maioria da população não segue essas orientações médicas. É o que revela uma pesquisa realizada pelo instituto PoderData e divulgada pela Anahp com brasileiros atendidos pelos SUS. Apesar de dizerem que priorizam a saúde, a ampla maioria (71%) não faz atividades voltadas à prevenção e promoção de cuidados, como ir à academia ou praticar exercícios físicos.

A médica da S.O.S. Vida (Brasília) Wanessa Martins de Almeida destaca outro aspecto importante para um envelhecimento saudável: a construção de uma rede de apoio desde cedo. “Isso impacta muito na velhice, pois é quando mais precisamos dos amigos e parentes por perto”, diz a médica, acrescentando que nossa saúde é formada pelo bem-estar bio-psico social e espiritual.

Nesse aspecto, Dra. Wanessa enfatiza a importância do apoio familiar no Home Care, pois nem todos têm clareza do papel desse serviço e acham que ele é responsável por fazer tudo na casa, quando na verdade o apoio dos familiares é fundamental e interfere diretamente no cuidado e no bem-estar do paciente.

 Outro aspecto importante que impacta na longevidade apontado pela médica é a automedicação. Dra. Wanessa ressalta que além de medicamentos, a população compra indiscriminadamente suplementos e vitaminas que não têm utilidade prática. “As pessoas usam de forma irresponsável esses produtos, sem noção das consequências para o organismo”.

O papel da alimentação

O envelhecimento saudável tem como fator preponderante a alimentação.  Segundo a nutricionista da S.O.S. Vida Edneuza Nascimento é preciso priorizar alimentos naturais que vêm da terra, como frutas, verduras, legumes além de proteínas magras (carne, ovos, frango e peixes). Alimentos como enlatados e embutidos, devem ser evitados por causa da excessiva quantidade de sódio e aditivos químicos que eles possuem. 

Outra dica da especialista é o indivíduo se alimentar sempre respeitando o momento de fome e beber bastante líquido, sobretudo água. Suco somente que venha da fruta, de preferência sem adição de açúcares, evitar refrigerantes e bebidas conservadas de forma artificial.

Edneuza destaca ainda a importância da janela de alimentação, respeitando um espaço de 12h se alimentando e um mínimo de 12h de jejum, que pode incluir a noite de sono. Segundo ela, isso ajuda a eliminar resíduos e toxinas e melhoram nosso metabolismo. Café não adoçado, água, shots e chás não quebram esse jejum.

A nutricionista destaca ainda que é um mito a teoria de que devemos comer de 3 em 3 horas. “Devemos nos alimentar quando tivermos fome, de preferência com comida saudável”.

No caso do Home Care, o trabalho que a nutrição desenvolve não é só preventivo, é uma terapia alimentar. “É um paciente quase sempre com necessidades especiais, precisando de recuperação de massa muscular, peso e cicatrização, por isso as recomendações passam a ser diferentes”. Edneuza destaca que nesses casos, a alimentação deve ser fracionada, tem que haver uma boa hidratação, valor energético e proteico adequado e vigilância na ingestão. “Um módulo proteico evita que o paciente perca massa muscular, ajuda na cicatrização e na melhora clínica de uma maneira geral”. Ela destaca, entretanto, que a conduta nutricional é individualizada. Ou seja, é um cuidado diferenciado para que o paciente possa se recuperar adequadamente.