27 de setembro de 2022

Pediatria em Home Care: participação dos pais é fundamental no tratamento.

Antes da internação, a família é chamada para uma reunião na S.O.S. Vida, na qual é explicado como funciona o Home Care.

“Foi um atendimento muito bom. Tivemos uma série de profissionais que assistiram minha filha e isso foi muito positivo para o desenvolvimento dela”. Este depoimento de Sarita Carvalho Calazans, mãe de Lana Carvalho Calazans, de 11 anos, demonstra o quanto o Home Care ajudou a sua filha após a saída do hospital. A garota, natural de Ipiaú, retirou um tumor do cérebro em um hospital de Salvador e ficou internada no passado com a S.O.S. Vida. Já teve alta do Home Care e hoje segue o tratamento ambulatorial em sua cidade natal, com boa evolução.

Esse é um dos muitos exemplos de sucesso do tratamento pediátrico em Home Care. Conforme explica a responsável pelo programa de Pediatria da empresa, Dra. Morgana Porto Magalhães, esse público tem algumas especificidades, a começar pela importante e necessária participação dos pais no processo. Geralmente eles têm muitas dúvidas sobre o Home Care e a equipe multidisciplinar faz o acolhimento desde o momento em que o plano de saúde solicita a internação, antes mesmo do paciente sair da unidade hospitalar.

Os pais geralmente perguntam se o Home Care é um hospital em casa. “Explicamos que não é e que se trata de uma assistência domiciliar que possui várias modalidades, desde aquela em que o técnico de enfermagem fica 24 horas assistindo ao paciente no domicílio, até a que não tem profissional de enfermagem, tendo apenas terapias específicas como fisioterapia ou fonoterapia, por exemplo”, destaca Dra. Morgana.

Outra dúvida frequente diz respeito ao que vai ser liberado pelo plano de saúde no Home Care. A equipe explica que o Home Care é um benefício das operadoras aos seus associados e que os acordos dependem da indicação clínica do paciente e das coberturas de cada operadora.

Antes da internação, a família é chamada para uma reunião na empresa, na qual é explicado como atua o Home Care e de que forma a responsabilidade é compartilhada. “Mostramos como funciona o serviço, a importância do pediatra assistente, o papel da família e do cuidador, explicamos que profissionais frequentarão a casa e, sobretudo, falamos sobre a segurança do trabalho prestado, acolhendo e orientando a família, e nos colocando à disposição”. A médica ressalta que essa abordagem faz com que os pais fiquem mais seguros e tranquilos.

A S.O.S. Vida possui uma equipe multidisciplinar especializada no cuidado pediátrico, formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e nutricionistas, todos com um olhar diferenciado e humanizado para o paciente e seus familiares.

A equipe de Pediatria da S.O.S. Vida discute os casos constantemente, além de realizar sessões clínicas regulares, abordando todos os pacientes em atendimento domiciliar.

Pacientes mais comuns

A médica destaca que os pacientes mais comuns são os neuropatas crônicos, mas o Home Care atende qualquer criança que necessite de cuidado no domicílio. “Para isso ela precisa ter diagnóstico confirmado e estar clinicamente estável”, destaca Dra. Morgana, lembrando que não é qualquer criança que pode receber atendimento domiciliar. Se houver instabilidade clínica, pendências hospitalares como falta de exames ou avaliação com especialistas, por exemplo, não se encaixa no perfil.

Uma vez no Home Care, caso precise de um especialista, o paciente pode ser atendido em casa, como também se dirigir ao consultório do médico assistente, caso haja condições seguras de deslocamento.

Um aspecto interessante observado por Dra. Morgana é que o paciente e seus familiares geralmente têm um olhar mais otimista para a vida quando o tratamento é em Home Care, pois a criança

está em sua casa, junto dos seus familiares, com seus objetos pessoais e em um ambiente acolhedor.

“O ambiente hospitalar geralmente é mais frio e nada como a casa da gente”, destaca a médica, reforçando que na nossa residência temos os nossos afetos por perto, podemos ter nossa comida preferida, as visitas podem ser mais frequentes e ainda podemos ter nossos animais de estimação.

Além de cuidar de pacientes pediátricos com doenças crônicas, o Home Care pode atender outras modalidades, como, por exemplo, completar o ciclo de um antibiótico. Dra. Morgana cita o caso de uma criança que era saudável, mas contraiu uma pneumonia grave e precisou de antibiótico venoso por tempo prolongado. Ela não necessitou ficar no hospital durante todo o período de tratamento, bastou estabilizar o quadro clínico, definir a terapêutica e pôde continuar o antibiótico venoso em casa até término e ter alta do tratamento.

A médica reforça que é preciso que a família seja uma parceira real no cuidado. Para instalar um serviço de Home Care é necessário um cuidador com a criança 24 horas por dia. Atualmente a S.O.S. Vida possui em torno de 30 crianças internadas em Salvador e Região Metropolitana.

Feliz no aconchego do lar

Outro exemplo de criança feliz por estar em casa é o pequeno Luís Guilherme Rocha, de 3 anos, que recebe assistência da S.O.S. Vida no bairro do Barbalho, em Salvador. Os pais, Ana Beatriz Rocha e Luís Soares Rocha, também vieram do interior da Bahia, da cidade de Coaraci, para tratar o filho.

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Ana Beatriz Rocha e Luís Soares Rocha (pais) de Luís Guilherme Rocha.

Ana Beatriz conta que quando Luís Guilherme era bebê passou a apresentar dificuldade de lateralizar o pescoço e regressão do desenvolvimento motor. Em Itabuna, cidade próxima, ele foi diagnosticado inicialmente com torcicolo e recomendada terapia para tal. Como não melhorou, foi trazido para Salvador e, mesmo depois de vários exames, sabe-se que se trata de uma doença osteomuscular congênita a esclarecer, mas ainda sem um

diagnóstico fechado. Depois de passar por alguns hospitais em Salvador, foi indicado alta hospitalar para o Home Care, pois o quadro dele era estável, com terapêutica definida. Atualmente ele está gastrostomizado e traqueostomizado, faz uso de ventilação mecânica contínua.

Luiz Guilherme é um garoto muito alegre e brincalhão. O quarto é repleto de brinquedos e a família está sempre procurando proporcionar momentos lúdicos e de aprendizado para ele. Este ano começou a frequentar a escola, com o principal objetivo de interagir com outras crianças.

No final do ano passado, a S.O.S. Vida levou Luiz para visitar a Vila do Natal, no Campo Grande. O garoto teve a oportunidade de interagir com o Papai Noel e percorrer, com os pais e avós, todo o espaço montado na capital baiana. Durante a visita, ele contou com o suporte da equipe clínica assistencial da empresa,

Ana Beatriz, que é psicóloga, lembra que quando soube que o filho precisaria de Home Care ficou insegura, mas depois que explicaram a ela que teria um técnico de enfermagem 24 horas acompanhando seu filho, ficou mais tranquila. “Hoje ele já tem dois anos de Home Care e com o tempo fomos acostumando com o quadro. Às vezes identificamos um problema antes mesmo do médico”.

Ana Beatriz conta que é muito curiosa e que sempre pergunta tudo. “O atendimento médico pelo pediatra da S.O.S. Vida é tranquilo, atualmente vem sendo feito a cada 15 dias e quando temos alguma dúvida ligamos para a base e somos atendidos pelo médico de plantão”.

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