17 de abril de 2021
O papel do Home Care em meio à pandemia
Em meio à pandemia de Coronavírus, o serviço de Home Care tem se mostrado um aliado importante para o sistema de saúde, à medida que contribui para desocupar leitos nos hospitais, oferecendo a possibilidade da continuidade do tratamento fora do ambiente hospitalar.
Mateus Assis, coordenador médico da S.O.S. Vida em Aracaju, conversou sobre o tema com o jornalista Fernando Cabus, apresentador da Rádio Excelsior.
“Estamos em uma crise na saúde pública, onde os hospitais estão próximos de sua lotação quase máxima. Então o fato de você poder rodar um leito hospitalar para garantir o atendimento de outro paciente é essencial. Nesse ponto, os serviços de Home Care são uma opção viável para fortalecer o sistema de saúde”, explica o médico.
OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA NA RÁDIO EXCELSIOR
O PAPEL DA DESOSPITALIZAÇÃO
A despospitalização é um procedimento que visa à redução do tempo de internação do paciente em hospitais, trazendo inúmeros benefícios para todos os envolvidos, não só para o hospital – que tem a necessidade de “girar os leitos”, mas também para a família e o paciente. Porém, o tratamento no domicílio do paciente não se aplica para todos os casos, sua indicação segue critérios técnicos e sociais para que o paciente torne-se elegível.
O home care admite pacientes que precisam dar continuidade ao tratamento de saúde com cuidados profissionais, mas já possuem estabilidade clínica para não permanecer no hospital. Entretanto, o paciente só pode ser desospitalizado se houver segurança para que ele possa continuar o seu tratamento em casa e evitar reinternações.
“Quando o paciente apresenta um quadro instável, ele tem que estar no hospital. A partir do momento que ele possui estabilidade clínica em resolução do quadro dele, então ele pode vir para home care e garantir a continuidade do seu tratamento”, alerta Dr. Mateus.
Os critérios e protocolos para a atenção domiciliar podem ter alguma variação de acordo com a empresa prestadora do serviço. No caso da S.O.S. Vida, Acreditada pela Joint Commission International (JCI), utiliza-se padrões rigorosos de segurança na assistência alinhada com boas práticas internacionais do setor.
“O Home Care pode funcionar como uma válvula de escape dos hospitais para aqueles pacientes que tem indicação, ampliando as possibilidades de rotatividade de leito e garante uma assistência de qualidade para o paciente que ainda está na sua fase de convalescência, na sua fase de recuperação.
O Home Care vai trazer isso. De certa forma, ele é essencial nesses momentos, não somente nos momentos de pandemia, mas especialmente nesse caso, onde você tem uma pressão muito grande da necessidade de dar oportunidade para outro paciente que esteja um pouco mais crítico de ser tratado no hospital”, finaliza o coordenador médico.
Leia também: O que precisamos evitar na quarentena
PERFIL DOS PACIENTES DO HOME CARE
Os principais quadros para que o paciente seja atendindo na Atenção Domiciliar são:
– Clínicamente estável que necessite completar o tratamento sob supervisão médica e de enfermagem;
– Treinamento do paciente ou do cuidador frente às novas condições, limitações e necessidades clínicas;
– Término de terapia injetável.
– Realização de curativos complexos;
– Necesidade de aparelhos para suporte de vida;
– Portadores de doenças crônicas, com histórico de reinternações frequentes.
– Processos infecciosos prolongados ou recidivantes;
– Cuidados Paliativos
Estando o paciente dentro destes perfis, inicia-se a avaliação de critérios de elegibilidade, para que possa ser grantido a segurança de todos envolvidos na assistência: paciente, família e profissionais.
Os principais critérios são a presença de cuidador em período integral, domicílio livre de risco e se existe algum impedimento para se deslocar até a rede credenciada.