17 de abril de 2021
“Novembro Azul” alerta para a importância da prevenção ao câncer de próstata
S.O.S. Vida possui um serviço destinado ao atendimento e tratamento de pacientes oncológicos
Passado o mês de outubro, quando se chamou a atenção para o câncer de mama, agora é a vez de se alertar para o câncer de próstata, o segundo mais frequente em homens (só perde para câncer de pele não melanoma). O chamado “novembro azul” busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, além de contribuir para desmistificar certos preconceitos e esclarecer dúvidas.
Segundo a médica oncologista da S.O.S. Vida, Thiara Gusmão, mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. “O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida”, destaca a médica.
Um dos maiores problemas, segundo a especialista, é que ainda há alguns homens resistentes aos exames de rastreamento para o câncer de próstata, especialmente em relação ao toque retal. “Entretanto, o que observamos é que este número tem reduzido e isso pode ser fruto, dentre outros fatores, de campanhas como estas, que conscientizam e esclarecem a população, ajudando na quebra de preconceitos”, diz Dra Thiara.
A recomendação da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) é que os homens após os 50 anos façam exame da próstata baseado nas queixas, no toque retal, na dosagem do PSA e, se necessário, exames de imagem.
A médica alerta que todo paciente, antes de ser submetido aos exames de rastreamento, deve conversar com seu médico sobre riscos e benefícios do rastreamento. “Por exemplo: talvez um paciente com 75 anos portador de múltiplas doenças não se beneficie com o rastreamento”.
A especialista explica que, havendo suspeita de câncer, existe indicação da biópsia para confirmação diagnóstica. “É importante destacar que a presença de câncer de próstata em fases iniciais não necessariamente significa que o paciente precisa ser tratado. A medicina de hoje permite distinguir mesmo na presença do câncer de próstata quais são os agressivos e que necessitam de tratamento e quais podem ser apenas acompanhados com exames periódicos e tratamento instituído apenas se houver sinais de progressão”, diz.
A periodicidade dos exames dos pacientes é variável de um a três anos, dependendo dos achados iniciais. A SBU recomenda ainda que pacientes, mesmo assintomáticos, se pertencerem aos chamados grupos de risco, ou seja, familiares com câncer de próstata e negros devem iniciar os exames a partir dos 45 anos.
Com relação aos sintomas, a médica informa que em sua fase inicial o câncer da próstata tem evolução silenciosa. “Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite)”. Dra. Thiara diz que o objetivo do rastreamento é justamente diagnosticar o tumor precocemente, com o paciente ainda assintomático, quando as taxas de cura são elevadas. Na fase avançada, a doença pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou insuficiência renal.
A médica explica que a S.O.S. Vida possui um serviço destinado ao atendimento e tratamento de pacientes oncológicos. “Dispomos ainda de uma unidade oncológica na Cidade Baixa, no Hospital Agenor Paiva, onde também realizamos tais atividades”, lembra Dra. Thiara. Ela finaliza dizendo que mesmo pessoas que não são pacientes da S.O.S. Vida podem entrar em contato com a recepção do ambulatório para marcação de consulta.