21 de agosto de 2024
Entenda o que é a Mpox (Varíola dos Macacos) 2024
Entenda os Riscos e Cuidados com o Mpox (Varíola dos Macacos), a Doença que Preocupa o Mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Mpox (Monkeypox), anteriormente conhecida como varíola dos macacos, na África como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. A decisão, anunciada em 14 de agosto de 2024, seguiu a recomendação de um Comitê de Emergência composto por especialistas independentes. O surto, que teve origem na República Democrática do Congo, apresenta um aumento alarmante de casos, incluindo uma nova cepa transmitida sexualmente, que já se espalhou para países vizinhos. A OMS destaca a urgência de uma resposta internacional coordenada para conter a doença, que já registra mais de 15.600 casos e 537 mortes este ano.
Saiba mais em: PAHO/OMS
O que é a Mpox?
A mpox é uma zoonose viral causada pelo vírus da família Poxviridae, a mesma que engloba o vírus causador da varíola humana. A doença foi identificada pela primeira vez em 1958 em colônias de macacos usadas para pesquisa, daí o nome “varíola dos macacos”. No entanto, o vírus também pode infectar humanos, e o primeiro caso humano foi registrado em 1970, na República Democrática do Congo.
Desde então, surtos esporádicos da doença ocorreram em algumas regiões da África, principalmente na África Central e Ocidental, onde o vírus é endêmico. Contudo, em 2022, um aumento inesperado de casos em países fora dessas regiões acendeu um alerta global, levando a uma mudança na nomenclatura para “mpox”, a fim de evitar estigmas e confusões associadas ao nome anterior.
Segundo a Dra. Monique Líro, médica infectologista da S.O.S. Vida, a Bahia registrou, até meados de agosto de 2024, 38 casos de varíola mpox, doença anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”. A doença é causada pelo vírus mpox e é transmitida para humanos por meio de contato com animais silvestres infectados, como roedores, materiais contaminados com o vírus, e de pessoa para pessoa.
Como ocorre a transmissão?
As vias de transmissão do vírus incluem gotículas respiratórias, especialmente em casos de contato físico prolongado face a face ou íntimo, contato direto com lesões infecciosas ou outros líquidos corporais, e através de fômites, como roupas ou lençóis contaminados por crostas de lesões ou líquidos corporais.
Sinais e Sintomas
Os sintomas mais comuns da doença incluem lesões na pele, adenomegalia (linfonodos inchados), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. Para diagnóstico, é necessário coletar secreções das lesões cutâneas para a pesquisa do vírus, sendo indicado em pessoas com lesões características e histórico epidemiológico compatível. A avaliação médica é essencial.
Tratamento
A maioria dos pacientes com Mpox apresenta uma doença leve e autolimitada, que pode ser tratada com analgésicos, líquidos e cuidados com as feridas. Para casos graves, alguns medicamentos antivirais ainda estão em fase de pesquisa.
Prevenção
Dados observacionais da África sugerem que a vacina contra a varíola é eficaz na prevenção da Mpox, uma vez que o vírus da varíola é intimamente relacionado ao vírus que causa a Mpox. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação em massa para toda a população. Grupos de risco, como PVHA (pessoas vivendo com HIV/Aids), profissionais de laboratório que têm contato com o vírus, e indivíduos que tiveram exposição de risco, são os indicados para a vacinação.
A medida mais prudente, segundo a Dra. Monique Líro, ainda é a prevenção. Pacientes não hospitalizados com Mpox devem permanecer isolados em casa até que as lesões desapareçam completamente e as crostas tenham caído, formando uma nova camada de pele intacta. Além disso, é essencial evitar o contato físico direto com outras pessoas e animais, não compartilhar itens potencialmente contaminados, como roupas de cama, toalhas, roupas, copos ou utensílios de cozinha, e limpar e desinfetar superfícies e itens comumente tocados.
Assista ao vídeo com a Dra. Monique Líro, médica infectologista da S.O.S. Vida, e entenda mais sobre a transmissão, sintomas e prevenção dessa doença.
O G1 também informou que, a Bahia registrou 38 casos de Mpox (varíola dos macacos) em 2024 até esta quarta-feira (14). A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) atualizou os números, informando que 21 dos pacientes são residentes de Salvador. Além disso, dois casos suspeitos estão em investigação pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA), e não há mortes registradas pela doença no estado.
Click no link e assista veja a reportagem: Bahia tem 38 casos de varíola mpox em 2024
Recentemente, um caso confirmado ocorreu em Ilhéus, no sul da Bahia. Conforme a TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região, um homem de 34 anos procurou assistência médica com lesões cutâneas após ter contato com uma pessoa com sintomas semelhantes durante uma viagem a Salvador. O paciente está em isolamento domiciliar e sendo monitorado pela Vigilância Epidemiológica.
Click no link e assista a reportagem: Mpox (Varíola do Macacos) em Ilhéus
A divulgação dos números segue os alertas internacionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou a presença de uma nova variante mais perigosa do vírus Mpox (Monkeypox), a 1b, que tem aumentado a taxa de letalidade na África Central. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também emitiu um alerta sobre a circulação desta variante na região das Américas.
Em resposta, o Ministério da Saúde do Brasil convocou uma reunião com representantes estaduais para revisar e atualizar os protocolos de ação. Cada estado deverá ajustar seus planos de resposta com base nas novas recomendações. A Secretaria de Saúde da Bahia ainda não confirmou se algum dos casos é da nova variante.Desde 2022, a Bahia contabilizou 215 casos de mpox, sem óbitos. Globalmente, a doença já resultou em 99.176 casos confirmados e 208 mortes.
Para mais informações, consulte a matéria completa do G1 aqui.