5 de agosto de 2024
Etarismo no Esporte (Olimpíadas Paris 2024)
Enfrentando o Etarismo no Esporte: Superando os Limites da Idade
Falar sobre o etarismo no esporte é muito importante, pois é uma forma de conscientizar a sociedade sobre a discriminação baseada na idade, promovendo a inclusão e valorização de atletas de todas as idades, além de desafiar estereótipos e fomentar um ambiente esportivo mais justo e equitativo.
O etarismo no esporte pode levar à exclusão de atletas talentosos simplesmente por causa de sua idade. Atletas mais jovens podem ser subestimados ou não receberem as mesmas oportunidades de treinamento e competição que seus colegas mais velhos. Da mesma forma, atletas mais velhos podem enfrentar preconceitos e serem considerados “passados” ou incapazes de competir em alto nível, mesmo que ainda possuam habilidades e condicionamento físico excelentes.
Existe um limite de idade para atletas no esporte? Nas Olimpíadas, frequentemente vemos muitos atletas de alto rendimento cada vez mais jovens. No entanto, alguns grandes nomes continuam a competir com excelência, como Marta, que aos 38 anos disputa sua sexta edição dos Jogos Olímpicos. Mas até quando é viável competir?
Carol Gattaz, por exemplo, com 43 anos, tinha o desejo de competir nas Olimpíadas de 2024 para desafiar o etarismo. No entanto, em 2023, a central sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, precisando passar por uma cirurgia e não conseguindo se recuperar a tempo para Paris.
Em Tóquio, Formiga se destacou como a única futebolista do mundo a participar de sete Olimpíadas, aos 43 anos. Nas Paralimpíadas, Elizabeth Gomes impressionou ao conquistar o ouro no lançamento de disco aos 56 anos. Jade Barbosa, aos 33 anos, participou daa olimpíadas de 2024 em Paris, sendo medalhista na ginástica em grupo.
Permanecer competitivo em uma modalidade esportiva depende de diversos fatores, incluindo a mentalidade do atleta, seu biotipo para a atividade e o suporte de uma equipe multidisciplinar que abrange desde o treinamento e alimentação até o sono e o cuidado com lesões.
A idade, portanto, não deve ser vista como um fator limitante, mas sim como um aspecto a ser gerido com a mesma dedicação e empenho que se faz em qualquer outro desafio esportivo.
Ouça o podcast do Olympics.com com Carol Gattaz no link abaixo:
A atenção a essa questão em Paris 2024 poderá destacar histórias inspiradoras de atletas que continuam a competir em alto nível, independentemente de sua idade, ampliando o debate sobre o papel do etarismo nos esportes modernos.
O apoio adequado, a tecnologia avançada e o entendimento crescente sobre os cuidados com o corpo humano permitem que atletas mais velhos continuem a competir em alto nível. Superar o preconceito etário no esporte é essencial para valorizar a experiência e a determinação dos atletas, que continuam a inspirar gerações, independentemente da idade. Exemplos como o de Carol Gattaz e outros veteranos do esporte mostram que o verdadeiro limite está na mente e na atitude diante dos desafios.
Além disso, as histórias de superação desses atletas servem como inspiração não apenas para os mais jovens, mas também para pessoas de todas as idades que enfrentam barreiras similares em suas vidas. Eles provam que, com disciplina, dedicação e paixão, é possível alcançar grandes feitos, independentemente da idade.
Iniciativas que promovem a inclusão e valorizam a diversidade etária no esporte são fundamentais. Programas de treinamento adaptados, políticas de apoio e incentivos à longevidade esportiva podem ajudar a criar um ambiente onde atletas de todas as idades possam prosperar.
O etarismo no esporte precisa ser combatido com vigor. Valorizemos a experiência, a sabedoria e a perseverança dos atletas veteranos, que continuam a mostrar ao mundo que a idade é apenas um número e que a paixão pelo esporte não conhece limites.