17 de abril de 2021
Especialista orienta como lidar com parente infectado

Os cuidados e precauções para lidar como pessoas infectadas com a Covid-19 foi o tema da matéria publicada pelo Jornal A Tarde com Matheus Todt e Cláudia Cruz, infectologista e psicóloga da S.O.S Vida.
Confira a matéria completa.
Com a curva de infecção pelo novo Coronavírus cada vez mais acentuada, uma das medidas e combate é o isolamento domiciliar. Mas como proceder quando algum familiar é infectado pelo vírus? Quais ações são necessárias?
No isolamento, são necessários cuidados como a separação de objetos e a higienização dos ambientes para não infectar outras pessoas.
Entre as recomendações dadas, é ideal manter o paciente me quarto individual bem ventilado e, onde não for possível, é importante manter a distância de, pelo menos, dois metros da pessoa.
De acordo com o Matheus Todt, infectologista da S.O.S. Vida, o uso da máscara dever ser feito pela pessoa infectada. Outra indicação é que ambiente em que a pessoa passará o isolamento deve estar com janelas e portas abertas.
“É importante estar atento à higienização das mãos, com água e sabão ou álcool em gel 70%, e dos ambientes, seja com álcool 70% ou com uma solução de um litro de água e uma colher de chá de cloro”, recomendou.

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Precauções com a Covid-19
Nos casos de cômodos utilizado por várias pessoas, a exemplo dos banheiros, é necessário desinfetar todas as superfícies, como vaso sanitário, pia, torneira e descarga, além das maçanetas. É recomendável separar talheres e copos.
Para quem passou pelo isolamento, como a corretora de seguros Jane Castro, 44 anos, o momento ficou marcado por mudanças. “Não tinha máscara nem álcool em gel. Também não saí para comprar nem pedi para trazerem e liberei a empregada de casa”, contou.
Ela passou a restringir o uso dos espaços em casa. Por morar com o filho, também, fez a separação de copos e talheres. “Se eu estivesse na cozinha, ele ficava no quarto. Ao sair de qualquer ambiente, limpava tudo direitinho”, explicou.

Cuidados com a saúde mental
A experiência de permanecer em casa, por cerca de 15 dias, pode provocar preocupações com a saúde mental. A saída encontrada por Jane foi ocupar o tempo.
“De início, começou a bater um desespero, fiquei sem saber o que fazer, mas logo soube administrar isso. Aproveitei o tempo para fazer um curso de inglês e fui vendo a necessidade de outras coisas, como acompanhar alguns terapeutas online e parei de consumir informações relacionadas à doença”, destacou.

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Solidariedade
Já curada, Jane ainda não recuperou o olfato e o paladar. Neste momento, ela acredita que o importante é ajudar pessoas em isolamento e se ofereceu para fazer compras para vizinhos.
“Saber usar o tempo é importante, colocar uma música tranquila. É um momento de cuidar do coração e da alma. Vai passar”.
Segundo a psicóloga Cláudia Cruz, da S.O.S. Vida, é importante “não deixar que a doença seja o foco da sua vida”. A especialista explicou que, embora seja necessária informação confiável, também são valiosas as experiências saudáveis.
“É necessário tentar pensar em coisas que trazem boas sensações, buscar formas de se reinventar, apoio espiritual, ouvir músicas, relaxar e se conectar com a família”, destacou.
Ajuda
Ela também explicou que, por ser uma experiencia nova, o isolamento social também gera ansiedade, em decorrência do distanciamento das pessoas. Claudia também destacou que se for percebida uma dificuldade para atravessar o momento, é importante buscar profissionais que estão realizando acompanhamentos virtuais.
“O isolamento é uma experiência nova, estranha, que não sabemos como lidar, e isso gera ansiedade. A ansiedade não pode nos paralisar, mas sim nos desafios. Mas também temos que respeitar nosso momento e pedir ajuda, se perceber que está difícil”, ressaltou.
Confira a matéria publicada no Jornal A Tarde (18/04/2020)
