17 de abril de 2021

Dor aguda e Dor crônica: Tratamento e Controle

A dor crônica atinge um quarto da população mundial, de acordo com a Sociedade Brasileira para Estudos da Dor (SBED), sendo considerada uma questão de saúde pública.

Ao contrário da dor aguda, a crônica dura mais de 30 dias, causando sofrimentos, transtornos psicossociais e prejuízos econômicos para o paciente, o que reduz sua qualidade de vida.

Apesar de poderem se manifestar em qualquer faixa etária, as dores crônicas costumam incidir principalmente durante a fase adulta. Dados da SBED apontam que a média de idade de pessoas acometidas com doenças crônicas é de 41 anos.

Alguns casos são desencadeados por maus hábitos, como postura inadequada, má alimentação, privação de sono e uso excessivo de bebida. Contudo, também podem ser consequência de uma doença, como câncer, diabetes e problemas reumáticos.

Por isso, a médica da família e paliativista Ana Rosa Humia, coordenadora do Programa de Cuidados Paliativos da S.O.S. Vida, destaca a importância de buscar atendimento especializado.

“A dor pode ser primária, mas também existem as secundárias, que são ligadas a outras causas. Por isso, quem está sentindo dor a mais de 30 dias, deve procurar um profissional de saúde para investigar e descobrir a origem do problema”, explicou a especialista durante entrevista para o radialista Fernando Cabus, apresentador doprograma Manhã Excelsior.

Ouça a entrevista completa na rádio Excelsior

De acordo com ela, o tratamento pode ser medicamentoso ou não, a depender do grau da dor.

“A gente precisa saber que tipo de dor está acometendo esse paciente. Pela OMS (Organização Mundial da Saúde), temos uma escada com degraus da dor e o tratamento está relacionado a isso. Hoje temos medicações para cada cenário”, acrescenta a especialista.

Dor aguda e Dor crônica: Tratamento e Controle 1

Fonte: O Globo

Controle de dor

A dor é algo pode ser evitado, portanto, seu alívio é um direito do paciente, o que pode ser fornecido por meio dos Cuidados Paliativos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse tipo de intervenção deve ser oferecido o mais cedo possível no curso de doenças crônicas, principalmente quando há risco de morte.

“Mesmo quando não há mais chance de cura, podemos tratar aquilo que estar incomodando, melhorando a qualidade de vida do paciente. Isso é feito por meio do controle de sintomas, principalmente a dor. Estudos já mostram que a sobrevida do paciente aumenta quando isso ocorre. Ele vive mais e com conforto”, explica Ana Rosa Humia.

Cuidado Paliativo pode ser oferecido em ambiente hospitalar ou por meio da Atenção Domiciliar, que promove a assistência dentro da residência do paciente, mantendo sua intimidade, hábitos e hobbies.

O foco deixa de ser a doença e passa a ser o indivíduo, que será beneficiado pelo convívio familiar e por ter mais autonomia no seu cuidado.

Ana Rosa Humia também falou sobre Dores Crônicas e Controle da dor no quadro Viva Bem, do Programa Conexão Sociedade.

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