17 de abril de 2021
Tratamento multiprofissional ajuda no controle da dor
“Quando tratamos a dor de um paciente, não verificamos apenas o sintoma, mas o indivíduo em seu contexto emocional, espiritual e social”.
Esta declaração da coordenadora médica da filial da S.O.S. Vida em Brasília, Dra. Patrícia Espino, traduz bem a atenção especial que a empresa dedica a esse assunto.
Oncologista com atualização em cuidados paliativos pelo Instituto Paliar, a médica lembra que a dor é o quinto sinal vital (os outros são frequência cardíaca, temperatura, respiração e pressão) e o protocolo da S.O.S. Vida preconiza a checagem de todos esses aspectos nos pacientes internados.
No caso daqueles que estão em cuidados paliativos, existe um acompanhamento ativo e constante para o caso de algum deles apresentar uma dor mais intensa. “Nossos profissionais fazem contato diário com a família e, caso haja algum pico de dor, entramos com condutas específicas para evitar o sofrimento”, destaca a médica, lembrando que esse é um indicador de qualidade do serviço.
Dra. Patrícia lembra que os pacientes precisam de outros profissionais, além do médico.
“Por isso nossa equipe é multidisciplinar, com psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e fisioterapeutas. Todos atuando no controle da dor”.
Ela lembra que sentir dor não é normal, por isso a equipe, além de tratar os sintomas, atua na busca das causas. “A dor é uma forma de o corpo mostrar que algo não está em sintonia, não está funcionando bem”.
No Home Care da S.O.S. Vida é feito um controle ativo do paciente, o que permite fazer mudanças em tempo real. “É uma assistência personalizada”, destaca a médica, lembrando que toda a equipe multidisciplinar é alinhada nos protocolos para perceber se o paciente está sentindo algum tipo de dor.
Esses sinais, acrescenta a Dra. Ana Rosa Humia, coordenadora do programa de Cuidados Paliativos da S.O.S. Vida, podem se manifestar de várias formas. Os pacientes que não contactam enviam sinais indiretos, como aumento da frequência cardíaca, gemidos ou então ficam passando a mão na região que está dolorida. “Nesses casos, indicamos a analgesia”, informa a médica, que também tem especialização em Cuidados Paliativos.
Dra. Ana Rosa ressalta que a maioria dos casos de dor na população geral estão relacionados a problemas osteoarticulares e cefaleia (dor de cabeça).
Nos casos dos pacientes em Cuidados Paliativos temos dores causadas por vários tipos de mecanismos, inclusive para além da dimensão física, mas como a maioria é acamada, a falta de atividade acarreta a chamada síndrome da imobilidade: muitas vezes a musculatura fica rígida e o paciente não consegue mexer os membros, o que geralmente causa muita dor.
A médica enfatiza que no monitoramento feito pelos profissionais da S.O.S. Vida existe uma escala de 0 a 10 para pacientes contactantes, onde 0 é a ausência de dor e 10 a pior de todas. “Acima de 4, o técnico de enfermagem, presente no domicílio, já aciona a base 24h através de contato telefônico para que o médico oriente a melhor forma de tratamento”.
A especialista esclarece que a medicação não é a única forma de tratar a dor. Massagem, terapias integrativas e fisioterapia são algumas alternativas, que podem ser aplicadas, desde que decididas pela equipe multiprofissional.
DIFERENCIAIS NO ATENDIMENTO
Desde 2008 a S.O.S. Vida faz avaliação da dor como quinto sinal vital. Além disso, todos os pacientes que usam opioide são monitorados continuamente para o caso de alguma intercorrência.
Em relação a pacientes em cuidados paliativos, a empresa tem um protocolo específico. Dra. Ana Rosa explica que geralmente são indivíduos que necessitam de uma analgesia mais forte, pois estão com a doença em fase avançada.
“A neoplasia, por exemplo, causa muita dor”, lembra a médica. A S.O.S. Vida possui um diferencial nessa área. É a única empresa de Home Care da América Latina que tem um certificado de distinção em Cuidados Paliativos pela Joint Commission Internacional (JCI), uma das mais respeitadas instituições certificadoras de saúde do mundo.
CONTROLE DA DOR
Graças ao uso da medicação adequada, uma paciente da S.O.S. Vida em Aracaju, que demonstrava sentir muita dor, hoje tem um sono tranquilo e interage com os profissionais de saúde.
A paciente G.A.L., de 20 anos, possui Síndrome de Cri-Du-Chat e fibrose cística, e atualmente encontra-se em ventilação mecânica e uso de dieta por gastrostomia.
A mãe conta que antes da chegada da S.O.S. Vida, em 2014, a filha ficava muito agitada e demonstrava sentir muita dor. Com a mudança da medicação, feita pelo grupo de Cuidados Paliativos, a jovem passou a ter qualidade de vida. “Aliviou o sofrimento dela e o meu”, diz a mãe, acrescentando que hoje a filha, além de dormir bem, sorri com a chegada da fisioterapeuta, demonstrando que gosta de fazer atividade física.