14 de março de 2023

Médica da S.O.S. Vida alerta para o risco da automedicação.

A automedicação, muitas vezes praticada para aliviar um sintoma imediato, pode causar sérios danos à saúde, sobretudo se o medicamento for um antibiótico. Quem alerta é a infectologista da S.O.S. Vida, Dra. Monique Lírio, que cita os efeitos colaterais e a interação medicamentosa como alguns malefícios dessa prática. “No caso do antibiótico, além dessas consequências, existe o risco de indução de resistência, que destrói a microbiota natural de um determinado sítio”. A especialista ressalta ainda que esse quadro faz uma pressão seletiva e outras bactérias mais resistentes acabam ocupando espaço.    

Dra. Monique lembra que é comum uma pessoa tomar um remédio para pressão porque um vizinho recomenda, o que não é indicado, pois cada organismo reage de uma forma diferente. “Remédios para tosse, xaropes e chás podem ter efeitos tóxicos ao fígado”.  

A mesma coisa acontece em relação ao abuso de anti-inflamatórios. A orientação é que se a pessoa estiver com dor de maneira pontual, o recomendado é um analgésico comum como dipirona e paracetamol. Mas, se for um sintoma persistente, ela deve procurar um médico para ter um diagnóstico preciso e uma terapêutica adequada. 

Os anti-inflamatórios, se usados de maneira inadequada, podem ter efeitos colaterais nos rins, no estômago e outros órgãos”, diz a infectologista, que lembra que para pacientes idosos com hipertensão e diabetes o uso desses medicamentos deve ser ainda mais cauteloso.  

MEDICAMENTO PARA DORMIR

Outra classe de medicamentos muito usada sem orientação especializada são os medicamentos para induzir o sono. Depois da pandemia, muitas pessoas passaram a ter transtorno de ansiedade e pânico por conta do confinamento e começaram a tomar remédio para dormir. A médica lembra que isso não deve ser feito sem orientação especializada e que existem tratamentos não farmacológicos que muitas vezes são mais indicados, como psicoterapias e higiene do sono.  

No caso do Home Care, Dra. Monique destaca que no caso de medicação intravenosa, cujo uso é restrito, essa prática não acontece. No caso de medicamentos comuns, da mesma forma que no hospital, nada deve ser dado ao paciente sem o conhecimento do médico e da equipe de enfermagem. Um remédio de pressão ou diabetes, por exemplo, pode estar prescrito com outro nome e o paciente corre o risco de ter problemas sérios se tomar repetido.  

A médica destaca que a S.O.S. Vida orienta a família, já na admissão, para que nenhum medicamento seja dado ao paciente sem o conhecimento da equipe de assistência. Além disso, a empresa possui uma central que funciona 24 horas para tirar dúvidas dos familiares sobre qualquer tipo de medicamento, com médico e enfermeiro de plantão. 

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