17 de abril de 2021
Graças à S.O.S. Vida paciente volta ao estádio pela primeira vez desde que ficou doente
Sonho realizado
A chegada ao camarote da Arena Fonte Nova não poderia ser mais emocionante. Mãe e filha chorando por terem conseguido voltar ao estádio para ver o Bahia jogar depois de tanto tempo. Graças à S.O.S. Vida, que mobilizou uma equipe de profissionais para proporcionar esse momento, Nilrene de Castro Silva, 74 anos, portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), pôde assistir a uma partida de futebol de seu time de coração.
Acompanhada da filha Rosana e familiares, ela voltou ao estádio pela primeira vez desde que descobriu a doença, há dois anos. O momento foi especial para Nilrene, com direito a foto no telão do estádio e uma mensagem do locutor oficial exaltando a sua paixão pelo tricolor. O resultado de 2×2 contra o Atlético Mineiro foi o que menos importou para a paciente, que não perde um jogo de seu time pela televisão.
Segundo Rosana, antes da doença sua mãe ia a todos os jogos na Arena Fonte Nova. “Até para Aracaju ela já foi ver o Bahia jogar”, recorda a filha, quemora perto da mãe, na Vasco da Gama, e dá toda a assistência.
Ela conta que está gostando do atendimento da S.O.S. Vida, que cuida de sua mãe desde junho deste ano. “A equipe de assistência é boa e temos uma cuidadora, o que facilita no dia a dia”, conta Rosana, que é filha única.
O marido de Nilrene, Edgar Silva Filho, 75 anos, também foi acompanhar a esposa. Torcedor do Ipiranga, ele conta que a paixão da mulher pelo Bahia surgiu por influência dos irmãos e sobrinhos. “Ela sorri bastante quando o Bahia faz um gol na TV”, conta Edgar, que também elogia o trabalho da S.O.S. Vida. “Existem procedimentos médicos que não temos como fazer e ter um Home Care é fundamental”.
Para levar Nilreneao estádio, a S.O.S. Vida mobilizou uma equipe de assistência e uma ambulância, que foi buscá-lo em casa, monitorou sua permanência no estádio e o levou de volta, com segurança. Participaram desse trabalho, além do motorista Túlio, a enfermeira Maria Emília, a fisioterapeuta Fernanda Fonseca e a técnica em enfermagem Jacira de Assis.
A fisioterapeuta ficou tocada pela experiência. “Tive a oportunidade de conhecer uma mulher formidável, forte, de sorriso largo, olhar expressivo e com uma família sensacional. Foi um domingo diferente, pois por diversas vezes me peguei chorando de emoção e toda a equipe também”, disse Fernanda.
Sempre que é possível a S.O.S. Vida viabiliza esses momentos de interação do paciente com a realidade. A empresa já levou vários torcedores, tanto do Bahia quanto do Vitória, ao estádio. Além disso, em janeiro deste ano, dois pacientes tomaram um banho de mar em Ondina, durante um projeto de inclusão organizado pela prefeitura.
De acordo com o presidente da S.O.S. Vida, o médico José Espiño, essa iniciativa faz parte da política da empresa de proporcionar uma experiência dos pacientes com as atividades normais do dia a dia. “Nossa filosofia de trabalho procura ver o ser humano em sua totalidade e por isso acreditamos que esse tipo de ação ajuda no resgate de sua qualidade de vida” destaca.
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença que não tem cura e acomete o sistema nervoso, incapacitando o portador à medida que avança. A pessoa sente dificuldades de se locomover, comer e falar.