26 de julho de 2022
Equipes da S.O.S. Vida estão preparadas para tratar pacientes com varíola dos macacos.
Os profissionais da S.O.S. Vida já estão devidamente orientados sobre os protocolos que devem seguir para os casos suspeitos de pacientes com o vírus monkeypox (causador da varíola dos macacos). A doença, que a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou como emergência de saúde pública de interesse internacional, causa erupções cutâneas agudas e é transmissível entre pessoas.
De acordo com a médica infectologista da SOS Vida, Monique Lírio, a monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, gotículas respiratórias, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. Ainda segundo ela, o período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. “É uma infecção viral com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém com uma apresentação clínica de menor gravidade”.
Por ser acreditada pela JCI (Joint Commission International), a S.O.S. Vida conseguiu se adaptar rapidamente aos novos protocolos e comunicar às equipes. A médica destaca que a maioria dos pacientes de Home Care são idosos com comorbidades, entretanto não se conhece a evolução dessa doença nessa população.
“Elaboramos rapidamente o protocolo assim que o vírus começou a se espalhar e as equipes já estão preparadas para atender os pacientes da melhor forma, caso algum deles apresente a doença”, finalizou a médica.
Saiba mais sobre a doença
O que é – A Monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, é uma infecção viral com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém com uma apresentação clínica de menor gravidade.
Transmissão – A Monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados e pode ocorrer também por gotículas respiratórias.
Sintomas – O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias. Clinicamente, a infecção pode ser dividida em dois períodos: O febril (entre os dias 0 e 5), caracterizado por febre, cefaleia intensa, adenopatia, mialgia e astenia e o período de erupção cutânea (entre 1 e 3 dias após o início da febre), quando aparecem as diferentes fases da erupção cutânea.
É geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas. As complicações podem incluir infecções secundárias e encefalite.
Tratamento – Não existem tratamentos específicos para essa infecção. As pessoas vacinadas contra a varíola demonstraram, no passado, ter alguma proteção contra Monkeypox. No entanto, a vacinação contra a varíola terminou em 1980. Depois disso, a doença foi declarada erradicada.
Medidas de precaução – Durante a assistência a pacientes com suspeita ou confirmados que estejam com a doença, deve-se implementar as precauções padrão, juntamente com as precauções para contato e para gotículas, o que envolve entre outras orientações, a higiene das mãos (água e sabonete ou preparações alcoólicas), o uso correto dos EPIs e isolamento do paciente em um quarto privativo. O isolamento deve ser mantido até o completo desaparecimento das crostas das lesões.
Risco de epidemia – A avaliação da OMS é de que o risco de varíola dos macacos é moderado em todas as regiões do mundo, a exceção da Europa, onde é considerado alto.