17 de abril de 2021

Coronavírus: o que você precisa saber

Com sintomas parecidos com os da gripe, o Coronavírus já contaminou milhares de pessoas em todo mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deve aumentar nos próximos dias e semanas.

“O momento demanda cautela, mas não é preciso pânico.  Algumas medidas importantes devem ser seguidas por todos para reduzir os riscos de transmissão e facilitar o diagnóstico precoce”, explica Monique Lírio, infectologista da S.O.S. Vida.

Sintomas e complicações do Coronavírus

COMO ACONTECE O CONTÁGIO DO CORONAVÍRUS?

O Coronavírus é transmitido principalmente por vias respiratórias através de  gotículas provenientes de espirros e fala de pessoas contaminadas pelo vírus.  Porém, a transmissão também pode acontecer através  do contato físico.

“As gotículas com vírus podem alcançar mucosas do olho, nariz e boca. Por isso é preciso evitar contatos físicos como beijos, abraços ou cumprimentos. Também se faz necessário maior atenção ao tocar locais como corrimão e maçanetas.

Adotar a higienização das mãos de forma constante com água e sabão ou álcool gel e resguardar o contato social com grandes aglomerações são medidas efetivas nessa fase”, explica Matheus Todt, infectologista da S.O.S. Vida.

GRUPOS DE RISCO

Crianças menores de 2 anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas (diabéticos, hipertensos, etc) e idosos são grupos que apresentam maior fator de riscos para complicações associadas ao contágio do Covid-19, demandando maiores cuidados.

 “Na fase da epidemia que o Nordeste está vivendo, onde o contágio ainda é importado, a grande missão é evitar contato com pessoas infectadas. No caso de idosos e pessoas com doenças graves preexistentes, o cuidado deve ser reforçado, evitando visitas desnecessárias, principalmente de pessoas de fora do convívio familiar ou que estejam com quadro de doença respiratória.

Idosos e pessoas com doenças graves também deve evitar aglomerações ou só sair de casa para o estritamente necessário, ficando em casa o maior tempo possível”  destaca o Dr. Matheus Todt.

Leia também: Coronavírus – idosos devem redobrar atenção na prevenção

COMO PREVENIR O CONTÁGIO DO CORONAVÍRUS?

Higienize as mãos

Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel.

Por quê?  Esfregar as mãos ajuda a eliminar traços do vírus que podem estar presentes em lugares de uso comum.

Mantenha distância social

Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes.

Por quê? A tosse e o espirro propagam pequenas gotas de secreção e saliva que podem conter vírus. Com a proximidade, a chance de respirar ou ter contato essas gotículas aumenta.

Evite tocar os olhos, o nariz e a boca

Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm contato direto com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação.

Por quê? As mãos estão em contato constante com superfícies que podem ser vetores de transmissão de vírus e bactérias. Mantê-las longe das mucosas diminui a chance de contágio.

Pratique higiene respiratória

Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente.

Por quê? Gotículas de saliva e secreção são vetores do Covid-19. Evitar que outras pessoas entrem em contato com saliva contaminada evita não apenas o coronavírus, mas uma série de doenças respiratórias.

Em caso de febre ou dificuldade respiratória busque ajuda médica rapidamente

Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente.

Por quê? Apesar de serem sintomas comuns, uma ação rápida pode evitar problemas mais sérios e o desenvolvimento de sintomas mais graves de infecções respiratórias.

Uso de máscaras

Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras.

Por quê? Apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas parecidos com os do novo coronavírus precisam usar máscaras. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A OMS recomenda o uso racional das máscaras.

QUANDO BUSCAR ATENDIMENTO MÉDICO?

A recomendação dos especialistas é buscar emergências nos hospitais só em situações de agravamento do quadro – febre alta ou dificuldade de respirar.

Por quê? Buscar atendimento no hospital sem a indicação aumenta a exposição desnecessária e sobrecarrega o hospital, prejudicando o atendimento para quem realmente precisa.

Coronavírus: o que você precisa saber 1

Fique bem informado e siga os procedimentos do Ministério da Saúde

Por quê? Autoridades nacionais e locais têm a informação mais atualizada sobre a situação de saúde na sua área. Tomar atitudes preventivamente ajuda o sistema de saúde compreender de maneira ágil a disseminação de qualquer doença.

CORONAVÍRUS: BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ministério da Saúde lança app para conscientizar sobre o coronavírus

O Ministério da Saúde lançou um aplicativo chamado Coronavírus – SUS para atender a população com informações seguras sobre o novo coronavírus.

No aplicativo é possível verificar informações como descrições de sintomas, dicas de prevenção, formas de transmissão e um mapa com as unidades de saúde disponíveis.

O usuário também pode responder um questionário sobre seu estado de saúde atual. Conforme o resultado, o aplicativo aconselha se é necessário ou não buscar um serviço de saúde.

O aplicativo está disponível para Android e IOS (Iphone).

Aplicativo sobre o Coronavírus

OMS DECLARA PANDEMIA DE COVID-19

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11) que se trata de uma pandemia de Covid-19. Na prática, o termo pandemia se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas.

Nas últimas duas semanas, segundo a OMS, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou. São mais de 118 mil casos ao redor do mundo e 4.291 mortes.

A Bahia registrou 216 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de janeiro até as 17h desta quinta-feira (12). A informação foi divulgada através de uma nota conjunta da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde, o que ainda não ocorreu.

A primeira ocorrência foi um caso importado, de uma mulher de 34 anos, residente na cidade de Feira de Santana, que retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação.

A segunda paciente é uma mulher de 42 anos, trabalhadora doméstica, moradora de Feira de Santana, que teve contato domiciliar com a primeira paciente do estado, quando ainda estava sintomática.

Na quarta-feira (11), a Sesab confirmou o terceiro caso do novo coronavírus no estado. O resultado foi confirmando por meio de testes. A paciente é uma mulher de 68 anos, que teve contato com o 2° caso da doença na Bahia.

O coronavírus pertence à família de vírus chamada Coronaviridae. Ele tem representantes que vão desde um vírus simples de gripe até doenças de maior risco à saúde humana, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

Com a confirmação dos casos de coronavírus no Brasil, segue um guia de medidas básicas para evitar o contágio e a disseminação dos vírus que atacam o sistema respiratório, em especial o coronavírus. As informações são da OMS (Organização Mundial da Saúde).

EM RESUMO

– A OMS informa que 80% dos casos são leves, com sintomas parecidos com a gripe comum. Geralmente, os mais afetados são idosos.

– A contaminação ocorre através de contato próximo com a pessoa que apresente os sintomas ou pelo contato direto com as secreções.

– A indicação é lavar constantemente as mãos com álcool gel ou água e sabão, além de não compartilhar objetos pessoais.

– Lembre-se de sempre cobrir a boca ao tossir e espirrar.

– Febre, cansaço, tosse seca, dores, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta e diarreia são os sintomas.

– Procure um médico caso apresente os sintomas e/ou teve contato com alguém que esteve recentemente em outros países como: China, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irão, Itália, Japão, Tailândia, Vietnã e Singapura.

– A internação só é indicada para aqueles que apresentem agravamento dos sintomas (como insuficiência respiratória). Caso contrário, o indicado é se isolar em casa durante 14 dias a partir do inicio dos sintomas.

INFOGRÁFICO CORONAVÍRUS (G1)

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