17 de abril de 2021
Controle de infecção é importante para a recuperação segura do paciente

Com a falta de leitos nos hospitais e o envelhecimento crescente da população, os serviços de Home Care são cada vez mais demandados e um dos itens mais importantes para uma recuperação segura do paciente no domicílio é o controle de infecções. Segundo explica a médica infectologista da S.O.S. Vida, Áurea Angélica Paste, as ocorrências mais comuns são as respiratórias e as urinárias, sobretudo porque a população idosa é a que mais precisa desse serviço.
Foi para debater esses e outros assuntos que a S.O.S. Vida promoveu neste sábado, dia 7, na própria empresa, em Brotas, um curso de Atualização em Controle de Infecção em Home Care, evento que reuniu médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais ligados ao setor. O foco do treinamento, realizado durante todo o dia, foi qualidade, treinamento, prevenção e controle das infecções.
A abertura foi feita pela própria médica Áurea Paste, que fez um breve histórico sobre o Home Care no mundo, lembrando que o serviço surgiu em 1947, nos Estados Unidos, logo após a Segunda Guerra Mundial. Destacou ainda que a literatura sobre o assunto ainda é pequena e que no Brasil ainda existe um longo caminho a percorrer. “Alguns pacientes, sobretudo os de longa permanência, são mais adequados ao Home Care do que ao hospital”, lembrou a médica.
Depois foi a vez da médica Marta Passo, assessora de Projetos em Saúde da S.O.S. Vida, abordar o tema “Qualidade no Controle de Infecção”, enfatizando a importância de se seguir protocolos de segurança para garantir um tratamento adequado ao paciente. Ela exibiu um vídeo com uma reportagem sobre o caso da estagiária de enfermagem que ministrou, no Brasil, café com leite na veia de uma paciente, levando-a à morte. Ficou claro, naquele episódio, que não foram obedecidos os procedimentos de qualidade que toda instituição de saúde deve seguir.
A médica lembrou que a S.O.S. Vida possui, desde 2012, um certificado internacional da JCI (Joint Commission International), renovado em 2015, que garante a seus pacientes um rígido controle de qualidade. Citou ainda as seis metas internacionais de segurança dos pacientes, que, se fossem seguidas pelos profissionais da área, os riscos para os pacientes seriam bastante minimizados. Entre essas metas estão a melhoria da comunicação efetiva, a segurança de medicamentos de alta vigilância, a identificação correta dos pacientes e a higienização das mãos para prevenção das infecções.
O evento prosseguiu com palestras sobre treinamento na prevenção de infecção, enfermeira Rose Telles; visita domiciliar com foco na prevenção, enfermeira Paula Sacramento, como fazer controle de infecção e uma atividade prática com os participantes, além de uso racional de antimicrobianose processamento de artigos.
A médica Patrícia Mota, que participou do curso, destacou a importância do tema para todos os envolvidos na assistência. Lembrou que as ocorrências são multifatoriais e que os profissionais da área têm que trabalhar o tempo todo para evitar o dano. “Acho importante iniciativas como essa de discutir a importância da qualidade no controle de infecção”, disse.