17 de abril de 2021

Como estamos lidando com as emoções? | A Tarde

Como estamos lidando com as emoções? Essa é a reflexão que Sônia Cotrim, psicóloga e gerente de gestão de pessoas da S.O.S. Vida, nos estimula a fazer no artigo publicado no Jornal A Tarde (BA).

Confira o artigo completo.


Após meses de pandemia, continuamos a ter vários impactos em nossas vidas como o rompimento social, mudança na forma de se relacionar, ausência ou excesso de informações, desemprego, dificuldades financeiras e, por que não dizer, solidão.

Somos por natureza seres sociáveis e de repente tivemos que “ficar em casa” e se sentir ameaçado de se aproximar das pessoas. Para muitos, estes impactos provocam medo, angústia, irritabilidade e insegurança.

A mudança foi brusca, não nos dando tempo para nos prepararmos, o que tornou a adaptação mais difícil. Algumas estratégias que tínhamos de aliviar o estresse foram tiradas repentinamente.  Quem não sente falta de ir ao shopping, praia, festas ou ver os amigos?

A pandemia exige mudanças na maneira de pensar, rever crenças e ampliar a percepção da realidade, aceitando-a e adaptando-se. E, diante de tantos desafios, muitos não estão sabendo lidar com as emoções que afloram. Com isso, o número de adoecimento e sofrimento psíquico aumentou. As pessoas que já tinham problemas de depressão e ansiedade intensificaram os sintomas e outros que não tinham começaram a desenvolver.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) realizou um estudo, apontando que os casos de depressão quase dobraram e os de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80%. A pesquisa, realizada por meio de um questionário online entre março e abril, teve a participação de 1460 pessoas de 23 estados e também apontou que as mulheres estão mais propensas do que os homens a sofrer com ansiedade e estresse nesse período.

Algumas pessoas potencializam o medo de ficar doente ou internado. Elas também temem pela saúde da família. Um caminho para lidar com a situação é acolher os nossos sentimentos e ficarmos atentos aos sinais do corpo e da mente para depois gerenciá-los, como aumento da insônia, inquietação, aumento ou perda do apetite, sentimento de fracasso, pensamento acelerado ou obsessivo, aumento dos batimentos cardíacos, sinais de hipocondria ou paranoia.

Diante de tudo isso, o que podemos fazer para que a situação não piore? Temos ferramentas para cuidar de nós internamente. Ter autocuidado e autocompaixão com os nossos sentimentos é fundamental para a sanidade mental. Não ficar remoendo o que deixou ou gostaria de fazer ou não exigir demais a perfeição, pois com a mudança da rotina tudo fica mais difícil.

Precisamos também desenvolver um olhar para o outro, nos colocando no lugar dele, não minimizando sua angústia, ter compaixão, perdoar e evitar ressentimentos, exercitar a “escutatória” sem julgamento.

Essa dor é nossa, aceitá-la é o começo para buscarmos a estabilidade psíquica e emocional. Todos os dias temos que fazer escolhas, escolha ser feliz.

Artigo da psicóloga Sônia Cotrim publicado no jornal A Tarde

Semana do Cuidado na Atenção Domiciliar

“Como estamos lidando com as emoções?” também foi o tema da live realizada por Sônia Cotrim durante a Semana do Cuidado na Atenção Domiciliar.

Confira o vídeo completo da palestra.

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