O que é Home Care ?

Home Care é uma modalidade de atendimento em saúde que prevê a continuidade do tratamento no domicílio do paciente, através de uma equipe multidisciplinar com estrutura especializada e protocolos de segurança.

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Também chamado de Atenção Domiciliar, o serviço de Home Care tem caráter substitutivo ou complementar às intervenções hospitalares e/ou ambulatoriais que garantem a promoção da saúde ou a continuidade dos cuidados necessários para o quadro clínico do paciente, sendo comprovadamente eficientes para atendimentos de curta ou longa duração.

Essa modalidade permite a desospitalização precoce dos pacientes, sem trazer prejuízos ao tratamento, além de permitir o acompanhamento eficiente evitando reinternações recorrentes por conta de reagudizações de condições crônicas.

No modelo de Home Care há várias formas de assistência, podendo ser empregados recursos como fisioterapia, fonoaudiologia, nutricionista, medicação via endovenosa ou intramuscular, além de monitoramento e atendimentos médico e de enfermagem.

O atendimento de Home Care permite o restabelecimento e/ou manutenção da saúde do indivíduo, além de proporcionar uma maior autonomia e independência através de adaptações de funções e participação social.

Dentre os principais benefícios do home care estão:

1
Assistência individualizada.
2
Maior envolvimento da família ao tratamento, o que favorece a recuperação do paciente.
3
Tranquilidade do paciente por estar mais próximo a seus familiares.
4
Melhor resposta à terapêutica proposta, quase sempre reduzindo o tempo de internação.
5
Possibilidade do paciente estar próximo de sua rotina, seus hábitos e referências, o que ajuda também na recuperação.
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    Assistência individualizada.
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    Maior envolvimento da família ao tratamento, o que favorece a recuperação do paciente.
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    Tranquilidade do paciente por estar mais próximo a seus familiares.
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    Melhor resposta à terapêutica proposta, quase sempre reduzindo o tempo de internação.
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    Possibilidade do paciente estar próximo de sua rotina, seus hábitos e referências, o que ajuda também na recuperação.

Desospitalização

O processo de desospitalização possibilita ao paciente a saída do ambiente hospitalar, assegurando a continuidade dos cuidados demandados pela sua condição clínica em outro ambiente de menor complexidade.

A desospitalização contribui para reduzir o tempo de internação hospitalar para o mínimo possível, permitindo o tratamento do paciente em um ambiente mais adequado ao seu quadro clínico, viabilizando a transição dos cuidados para outros formas de assistência: hospital dia, Instituição de Longa Permanência, Clínica de Transição ou Atenção Domiciliar.

Através do alinhamento entre as necessidades do paciente e dos diversos envolvidos (família, médico assistente, hospital e operadora de saúde) é possível oferecer os cuidados necessários para as pessoas que não necessitam de uma estrutura de alta complexidade oferecida pelos hospitais.

Assistência adaptada ao domicílio

Em linhas gerais, pode-se dizer que o Home Care é um termo utilizado para definir ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas na casa do paciente, incorporando assim a humanização e bem-estar proporcionados pelo ambiente familiar, trazendo benefícios para a recuperação.

Cada atendimento é orientado por um Plano de Atenção Domiciliar (PAD) desenvolvido para atender as necessidades clínicas e assistenciais de cada paciente, tratando-se assim de um processo individualizado e específico, com envolvimento de uma equipe de diferentes profissionais de saúde.

“O Home Care promove a humanização do tratamento e possibilita um maior contato entre o paciente e sua família. A interação entre o profissional de saúde, o paciente e a família tornam o tratamento mais específico, pois dessa maneira é possível uma melhor análise dos fatores que influenciam o estado atual do paciente, bem como a forma que ele pode ser assistido”, aponta José Espiño, presidente da S.O.S. Vida.

Fernanda Gama, gerente de Relacionamento com o Mercado da S.O.S. Vida (BA), destaca que o conceito de Home Care não é de um hospital em casa, mas sim do domicílio preparado para atender as necessidades de cuidados do indivíduo, que é único.

“Se o paciente não se alimenta pela boca, ainda assim ele se senta à mesa para comer com a família no domingo. Para vivenciar esse momento, ele conta com todo o auxílio especializado, promovido por um técnico de enfermagem, com apoio da nutrição elaborando um cardápio que seja favorável aos seus hábitos. Enquanto mantém o contato familiar e a presença na rotina da casa”, explica.

O que é Home Care?

A continuidade da assistência

No Brasil, a prática do Home Care ganhou espaço a partir dos anos 1990, como uma alternativa ao modelo essencialmente baseado na assistência hospitalar (hospitalocêntrico) de atenção à saúde.

Entre os fatores que contribuem com a busca por um novo modelo de assistência estão o acelerado envelhecimento populacional e a alta prevalência das doenças e condições crônicas, que levaram a necessidade de se buscar um modelo que trouxesse aos pacientes e familiares uma alternativa mais humanizada à hospitalização.

Além disso, cresce a necessidade de racionalização dos recursos de saúde, em função da carência de leitos hospitalares que passam a ser priorizados para pacientes com demandas clínicas mais complexas. Outro ponto-chave é a diminuição do nível de infecções cruzadas, um risco bastante associado a longas permanências em hospitais.

Esse cenário aumenta as possibilidades para uma mudança segura e benéfica da continuidade do tratamento do hospital para o domicílio, em especial para pacientes com condições crônicas ou em quadros agudos estabilizados.

Indicação e critérios de elegibilidade para o Home Care

A indicação do Home Care é feita através da avaliação de critérios técnicos e sociais. Entre eles, estão a existência de um quadro clinicamente estável, que necessite completar tratamento sob supervisão médica e de enfermagem.

Ou seja, destina-se a pacientes que não demandam a atenção crítica de um hospital, porém necessitam de suporte para restabelecimento ou adaptação a uma nova condição através de uma rotina de cuidados e monitoramento profissional.

Os quadros clínicos que geralmente têm indicações para tratamento em Home Care são:

  1. Clinicamente estável que necessite completar tratamento sob supervisão médica e de enfermagem;
  2. Limitações decorrentes do quadro clínico que demandem treinamento do paciente ou do cuidador frente às novas condições;
  3. Término de terapia injetável;
  4. Realização de curativos complexos;
  5. Necessidade de aparelhos para suporte de vida;
  6. Portadores de doenças crônicas com histórico de reinternações frequentes;
  7. Processos infecciosos prolongados ou recidivantes;
  8. Cuidados paliativos.

A admissão do paciente para o atendimento na Atenção Domiciliar deve seguir rígidos critérios de elegibilidade para garantir uma assistência segura e de qualidade em todo o processo, desde a admissão até a alta.

Os principais critérios são:

Cuidador em período integral: é necessária uma pessoa, seja um familiar ou um profissional contratado, capacitado para auxiliar o paciente em suas necessidades e atividades rotineiras (alimentação, higiene, etc).

Domicílio livre de riscos: o domicílio deve apresentar uma estrutura básica que garanta o andamento do tratamento sem expor o paciente a riscos. Aspectos como rede elétrica, saneamento básico, facilidade de acesso da equipe de saúde e urgência ao domicílio precisam ser avaliados antes da admissão do paciente.

Impedimento para se deslocar até a rede credenciada: é preciso avaliar as condições de logística para o acesso do paciente para a rede de saúde.

Após a verificação desses 03 itens, inicia-se o processo de admissão com a definição de estrutura dos serviços de assistência domiciliar.

O que é Home Care?

Modalidades da Atenção Domiciliar

Existem diferentes modalidades de Home Care, sendo que, conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) de nº 11 emitida em 26 de janeiro de 2006, os Programas de Atenção Domiciliar são prestados de acordo com a complexidade de cuidados a serem dispensados ao indivíduo: Internação Domiciliar Assistência Domiciliar.

internação domiciliar se trata de um conjunto de ações realizadas em domicílio, caracterizadas pela atenção ao paciente com maior complexidade assistencial e necessidade de serviços de técnico de enfermagem nos regimes de 12 ou 24 horas. Podem ser necessários equipamentos para a manutenção do tratamento.

assistência domiciliar é voltada para pacientes com necessidade de cuidados pontuais de serviços de enfermagem, como para realização de curativos e administração de medicamentos injetáveis e outros procedimentos executados por técnico de enfermagem ou enfermeiro.

Outra modalidade é o programa de assistência multiprofissional, voltado ao paciente com necessidade de serviços multiprofissionais, como consultas especializadas e atividades terapêuticas, fonoaudiologia, fisioterapia, nutricionista, entre outros.

Com o objetivo de garantir a segurança e continuidade do atendimento para todas as modalidades de atenção, as empresas devem manter uma logística de retaguarda através de uma central de operações, que deve permanecer em funcionamento 24 horas, assegurando todos os recursos necessários aos pacientes.

Home Care e a Arte de Cuidar

Proporcionar cuidados e atenção às necessidades da pessoa, enxergando além do adoecimento, é a ideia central do trabalho do Home Care.

Em sua essência, o Home Care é uma forma de devolver ao paciente a sua vida familiar e pessoal, com a possibilidade de uma rotina doméstica adaptada às limitações de cada um.

Em seus mais de 30 anos de trabalho, a S.O.S. Vida tornou-se uma das principais empresas de Home Care do Brasil, atuando em mais de 50 cidades na Bahia, Sergipe e no Distrito Federal.

Assista ao vídeo “Home Care e a Arte de Cuidar” e saiba mais sobre a filosofia de trabalho da empresa.

Responsabilidade da empresa prestadora de serviço na Atenção Domiciliar

Seguir normativas da RDC nº 11/2006 da Anvisa, que regulamenta as empresas de Atenção Domiciliar, caracterizando estrutura assistencial física e humana, critérios de vigilância sanitária, controle de infecção, controle de materiais/medicamentos e controle de equipamentos.

  1. Estabelecer o Plano de Atenção Domiciliar devidamente acordado com o médico assistente, devendo possuir anuência do paciente/família para execução/cumprimento do mesmo;
  2. Zelar pelo cumprimento do Plano de Atenção Domiciliar;
  3. Manter o paciente e família atualizados em relação ao andamento do cuidado e cumprimento do plano;
  4. Garantir o direito da família/paciente de trocar de empresa/prestador de serviço em caso de solicitação dos mesmos;
  5. Garantir o direito da família/paciente a troca de equipe assistencial em caso de demanda por escrito;
  6. Garantir a execução de gerenciamento de riscos gerais e específicos a cada caso, minimizando agravos e eventos adversos em domicílio;
  7. Garantir a execução de assistência protocolada por processos operacionais e assistenciais médicos, enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, entre outros.
  8. Garantir a execução de procedimentos técnicos em saúde, por profissionais devidamente registrados em seus conselhos (técnicos de enfermagem; enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionista e médico), sempre conforme prescrição médica;
  9. Garantir o respeito às crenças e valores individuais da família/paciente;
  10. Zelar por uma relação transparente e respeitosa;
  11. Preparo, envio e manutenção de prontuário multidisciplinar no domicílio do paciente, que deve conter:
    • Identificação apropriada do paciente, médico titular, telefones, serviço de AD, precauções, entre outros alertas relevantes;
    • Termo de elegibilidade clínica e ambiental para AD;
    • Termo de consentimento informado para as diversas ações propostas;
    • Plano de Atenção Domiciliar (PAD);
    • Evoluções médicas e multidisciplinares, prescrições datadas, carimbadas e assinadas periodicamente pelo médico titular e/ou do serviço de atenção domiciliar;
    • Evoluções de enfermagem datadas, carimbadas e assinadas pelo profissional de enfermagem;
    • Resultados dos exames e dos procedimentos, se realizados no paciente;
    • Qualquer documento ou ocorrência que for considerado de relevância ao tratamento e à legitimidade do atendimento.
  12. O prontuário médico deve ser mantido sob responsabilidade do serviço de Home Care. Ele contém todos os documentos e registros inerentes ao tratamento daquele paciente de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Regional de Medicina de acordo com a legislação vigente. A manipulação e guarda do prontuário assegura ao paciente mais privacidade e direito ao sigilo médico;
  13. Ao paciente ou representante legal é permitido acesso ilimitado à documentação médica constante do prontuário em qualquer momento, mediante solicitação formal;
  14. Ao término do tratamento, o prontuário permanece sob guarda do serviço de Home Care, em arquivo, conforme legislação em vigor.

Manual de Atenção Domiciliar

Manual de Atenção Domiciliar

É possível consultar o MANUAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR produzido em cooperação entre a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e o Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD), com a participação da médica Marta Passo, S.O.S. Vida (BA), como uma das autoras.

O manual é uma publicação que reúne informações sobre conceitos, critérios e boas práticas na prestação de cuidados no domicílio, com o objetivo de contribuir para aprimorar o cuidado extra-hospitalar no Brasil.

Dicas de segurança para a Assistência no Domicílio

Dicas de segurança para o home care