17 de abril de 2021

Enfermagem: Uma forma de arte | Vídeo

A enfermagem é uma profissão estratégica na complexa cadeia da assistência à saúde.

Desempenha um papel decisivo e proativo no que diz respeito à identificação das necessidades de cuidado da população, bem como no atendimento aos indivíduos em suas diferentes dimensões.

A relevância é tamanha, que 2020 foi decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “Ano Internacional da Enfermagem e Obstetrícia”, homenageando os profissionais que estão na linha de frente dos atendimentos da COVID-19.

Esse vídeo é uma pequena homenagem da S.O.S. Vida para esses profissionais essenciais em todo o mundo.h

Mais que uma profissão, a enfermagem é uma forma de arte. Marcada com a facilidade pela empatia, a atenção aos detalhes e a compreensão das necessidades.

Enfermeiros pintam, todos os dias, o quadro da vida, auxiliando pessoas a continuarem sorrindo. Obrigado por cuidarem de nós.

Florence Nightingale – a pioneira na enfermagem

“Assim sofrem aqueles que abrem caminhos; assim caem aqueles que se lançam ao vazio; mas estendem uma ponte para que outros a cruzem”.

A frase é atribuída a Florence Nightingale, considerada a primeira enfermeira profissional do mundo. Em uma época onde as mulheres tinham possibilidades de atuação na sociedade extremamente limitadas – e muitas vezes nula –, tendo a sua trajetória de vida por vezes pré-definida de tal maneira, o que as deixavam privadas das suas próprias escolhas, Florence desafiou as convenções sociais da época para traçar o seu caminho fora dos moldes pré-determinados.

As viagens por diversos países foram parte da vida da jovem pensadora, que chegou a embarcar em uma viagem para o Egito com a finalidade de se afastar de um pretende. Ao retornar, formou-se como enfermeira em uma instituição sanitária na Alemanha.

Florence Nightingale

Foi durante a guerra da Crimeia que o papel fundamental desempenhado pelas enfermeiras foi reconhecido, especialmente pela atuação de Florence Nightingale que, à época, atuava como superintendente do hospital de Escutari, em Istambul. Seu trabalho, também, ajudou na adoção de práticas sanitárias mais seguras como, por exemplo, a lavagem das mãos entre um procedimento cirúrgico e outro. Hoje a prática estende-se não apenas para cenários cirúrgicos e a sua eficácia é amplamente comprovada cientificamente.

Naquela guerra, Florence recebeu o apelido de Dama da Lanterna, pelo hábito de realizar rondas a noite para consolar os enfermos. Além de ser considerada a fundadora do ofício de enfermeira, ela também foi responsável pela criação das primeiras escolas de enfermaria, onde até o mesmo a material didático utilizado era elaborado por ela. O Dia da Internacional da Enfermagem é celebrado a cada 12 de maio, data do seu nascimento.

Em 2020, Florence Nightingale completaria 200 anos. Um dos motivos que levaram a OMS a decretar esse como o Ano Internacional da Enfermagem.

Ana Néri – a pioneira no Brasil

No Brasil, a pioneira da enfermagem no país também é uma mulher: Anna Justina Ferreira Nery, também conhecida como Anna Nery ou Ana Néri

Nascida na cidade Cachoeira, na Bahia, de família rica, viúva e irmã de militares, Anna Nery escreveu uma carta voluntariando-se para cuidar dos feridos em um outro conflito, a Guerra do Paraguai.

Ana Néri, a pioneira na enfermagem no Brasil

Com o desejo de acompanhar os seus filhos que haviam partido para essa guerra e de também servir ao seu país, Ana Néri teve seu pedido atendido e embarcou em um navio saindo de Salvador em direção ao Rio Grande do Sul, onde recebeu treinamento das irmãs vicentinas para atuar durante o conflito.

Durante esse tempo, cólera, febre tifoide, disenteria, malária e varíola eram algumas das doenças que ameaçavam os soldados. Contudo, Anna implementou condições sanitárias nos locais onde trabalhou, estabelecendo condições de higiene para impedir a proliferação dessas doenças e para tratar os feridos com segurança.

Ela foi responsável também por organizar hospitais de campanha, e de tratar de forma humanizada não só os combatentes feridos da Tríplice Aliança – Brasil, Argentina e Uruguai – como os soldados do Paraguai.

Tal atitude rendeu críticas por parte do Comando do Exército Brasileiro, porém ela não foi impedida de continuar. Nos anos que seguiram o fim do conflito, Ana Néri recebeu inúmeras homenagens e condecorações pelos serviços desempenhados na guerra, até mesmo do Imperador Dom Pedro II. Ela recebeu o título de “mãe dos brasileiros”. A história da pioneira está documentada no Museu Nacional de Enfermagem.

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