11 de novembro de 2025

Cuidando de Quem Cuida: Saúde Emocional de Familiares e Cuidadores

Cuidar de alguém que precisa de atenção contínua, especialmente no contexto do atendimento domiciliar, é um ato de dedicação profunda. Mas quem está nesse papel, seja um familiar ou um cuidador profissional, também enfrenta desafios emocionais que nem sempre são visíveis.

Por isso, falar sobre a saúde emocional de cuidadores é tão necessário. Quando o cuidador está bem, o cuidado oferecido também é mais saudável e equilibrado. E, nesse processo, reconhecer limites e buscar apoio faz toda a diferença.

A rotina intensa de quem cuida

No Home Care, os familiares geralmente se envolvem de forma direta no processo de cuidado. São eles que acompanham de perto cada etapa do tratamento, recebem orientações da equipe multidisciplinar, lidam com a rotina de medicações e enfrentam, muitas vezes, o peso da terminalidade.

Essa realidade pode gerar uma sobrecarga emocional constante. Dificuldades para dormir, estresse, sensação de isolamento, exaustão e culpa são alguns dos sintomas que surgem com o tempo, especialmente quando o cuidador não consegue dedicar um momento para si ou compartilhar responsabilidades.

Cuidar de alguém não significa se anular

A psicóloga da S.O.S. Vida, Cláudia Cruz, expõe que é comum que o cuidador, especialmente um parente, se coloque sempre em segundo plano. “A tendência do familiar, muitas vezes, é se dedicar de corpo e alma, perdendo o limite de até onde pode ir, negligenciando o autocuidado”, relata.

Nesse contexto, é importante lembrar que deixar as próprias necessidades de lado pode afetar não apenas a saúde de quem cuida, mas também a qualidade do cuidado oferecido ao paciente.

Se você está nessa posição, reflita:

  • Tenho respeitado meus limites físicos e emocionais?
  • Consigo pedir ajuda quando preciso?
  • Tenho reservado algum tempo para mim, mesmo que breve?

Se a resposta for “não” para a maioria dessas perguntas, talvez seja hora de repensar sua rotina.

O papel do psicólogo nesse processo

Em muitos atendimentos domiciliares, especialmente em cuidados paliativos, o acompanhamento psicológico pode ser uma ponte importante entre o paciente e a família. Nesse contexto, conversas difíceis, como a aceitação da terminalidade ou o compartilhamento de responsabilidades, precisam ser conduzidas com acolhimento e cuidado.

Em nossa live sobre enfrentamento da terminalidade, a psicóloga Cláudia Cruz aborda, entre outros pontos, o impacto emocional da terminalidade nos familiares.  Se você vive ou conhece alguém que passa por esse momento, vale a pena assistir.

O apoio do Home Care aos familiares e cuidadores

A saúde emocional de cuidadores merece atenção. Para que o cuidado funcione de forma equilibrada, é preciso que todos os envolvidos se sintam apoiados e escutados.

Na S.O.S. Vida, nossa equipe multidisciplinar caminha ao lado da família. Estamos sempre disponíveis para orientar, acolher, responder dúvidas e ajudar no que for necessário.

Se você é um cuidador ou um familiar nessa função, lembre-se: você não está sozinho. E buscar apoio não é sinal de fraqueza, é um gesto de sabedoria e autocuidado.

Deixe um comentário