29 de agosto de 2022

Cuidados Paliativos promovem o alívio do sofrimento e o bem-estar do paciente.

S.O.S. Vida destaca-se como a primeira empresa da América Latina a obter o selo de qualidade da JCI nessa área

Qualidade de vida, alívio do sofrimento e foco no bem-estar do paciente e de seus familiares. Estes são alguns objetivos do tratamento em cuidados paliativos, uma área da medicina indicada para assistência a pacientes com doenças que ameacem a continuidade da vida.

Conforme explica a Coordenadora Médica da Atenção Domiciliar e do Programa de Cuidados Paliativos da S.O.S. Vida, Dra. Ana Rosa Humia, todo tipo de serviço de saúde que lida com doenças que ameaçam a vida tem a obrigação de prestar essa assistência.

No caso do Home Care, a S.O.S. Vida destaca-se como a primeira empresa da América Latina a obter o selo de qualidade da JCI (Joint Commission International), uma das mais respeitadas do mundo. A certificação atesta que o programa oferece um nível de excelência de atendimento seguindo padrões internacionais.

A médica lembra que o tratamento em cuidados paliativos está previsto na OMS (organização Mundial da Saúde) e respaldado em várias resoluções do Conselho Federal de Medicina e do Ministério da Saúde. Portanto, é uma assistência que não promove nem eutanásia, que é o ato de antecipar a morte e muito menos a distanásia, que é a prática de prolongar, por meios artificiais e desproporcionais, a vida de um paciente com doença incurável.

Cuidados Paliativos, conforme a OMS é uma “abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes (adultos e crianças) e suas famílias, que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida”.

No caso do Home Care, essa assistência é compartilhada com equipe multiprofissional e se baseia em alguns princípios fundamentais:

– Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis;

– Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida;

– Não acelerar nem adiar a morte;

– Abordagem em todas as dimensões do ser humano (incluindo aspectos psicológicos e espirituais);

– Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente quanto possível;

– Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e pós luto;

– Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares;

– Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença.

De acordo com a médica, que possui pós-graduação na área, esse é um assunto ainda delicado, mas que vem tendo sua abordagem ampliada à medida que mais profissionais se especializam na área e assim, podem acompanhar melhor o paciente e suas famílias. Dra. Ana Rosa destaca que no acompanhamento aos pacientes no Programa de Cuidados Paliativos, é importante formalizar as Diretivas Antecipadas de Vontade, quando o paciente define como ele quer ser tratado na fase final da vida, ou se delega uma pessoa para decidir quando ele não tiver mais condições.

Vantagens do Home Care

Dra. Ana Rosa lembra que no domicílio é possível realizar essa assistência ao paciente mais próxima do que no hospital, pois em casa há uma maior empoderamento do paciente e da família, que é envolvida na tomada de decisões. Além disso, há um sentimento de pertencimento, uma maior privacidade, um reconhecimento das rotinas domiciliares e mais conforto e segurança.

Mesmo com o tratamento sendo realizado em domicílio, a equipe multidisciplinar enfrenta dificuldades, a começar pela aceitação do paciente de que ele tem uma doença grave.  “Todos sabemos que vamos morrer, mas não temos uma expectativa, ao contrário de quem recebe a notícia de uma doença grave. Isso geralmente traz um grande sofrimento”, destaca a médica.

Superada essa fase, a equipe multidisciplinar passa a tratar o paciente com base na bioética, que prevê, entre outras coisas, garantir autonomia ao paciente, habilidade técnica para não produzir danos, solidariedade e empatia e compreensão dos valores e necessidades de cada indivíduo.

Dra. Ana Rosa destaca, por exemplo, que no final da vida alguns procedimentos invasivos ou tratamentos medicamentosos não trazem benefícios, não prolongam a vida, não melhoram o prognóstico e só trazem sofrimento e dor.

Ela dá o exemplo do alimento em excesso no final da vida, que pode trazer mais prejuízo do que benefício. “Alguns familiares podem não entender algumas condutas”, diz a médica, lembrando que algumas famílias nem sempre estão preparadas e querem que a equipe realize procedimentos desnecessários.

“O nosso principal objetivo é aliviar o sofrimento do paciente, que inclui o bem-estar não só físico, mas psicossocial e espiritual”, conclui a médica.

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